Bel Barcellos comemora 30 anos de artes visuais com “Corpo abrigo”
A artista define como “autoficcional” os 10 trabalhos inéditos, usando suportes como costura, o bordado e a cerâmica














Bel Barcellos comemora 30 anos de artes visuais com “Corpo abrigo”, individual no Museu da República, Catete, com inauguração nesse fim de semana.
A artista define como “autoficcional” os 10 trabalhos inéditos, tendo a costura, o bordado e a cerâmica como elementos principais para o seu trabalho, com delicadeza e memórias, contando histórias de suas referências femininas, com curadoria de Isabel Portella.
Bel diz que a exposição divaga sobre o nosso corpo, matéria com que nascemos e atravessamos a vida, partindo de um ponto de vista feminino, mergulho em experiências pessoais, acreditando haver um fluxo que percorre e conecta as mulheres.
Bel trabalhou por três anos para essa exposição e é representada pela galeria Gaby Indio da Costa Arte Contemporânea, no Rio.
A artista nasceu em Boston (EUA), quando o pai fazia mestrado e o doutorado em Física no Massachussets Institute of Technology (MIT); na volta ao Brasil, foi convidado a fundar o departamento de Física na Universidade Federal de Pernambuco, e a família se mudou para Recife, onde ela passou a infância, até que a mãe foi estudar piano em Santa Bárbara, na Califórnia. Por lá, Bel teve suas primeiras aulas de desenho e modelo vivo. Quando voltou, em 1984, escolheu o Rio e estudou desenho com Gianguido Bonfanti no MAM. Mais tarde, Parque Lage com Manfredo de Souzanetto e Daniel Senise.
Ela trabalhou como figurinista de teatro e em TV no final dos anos 80. Alternou o trabalho com as artes até se dedicar exclusivamente às artes visuais, a partir de 1994.