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Lu Lacerda

Por Lu Lacerda Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Jornalista apaixonada pelo Rio

Baleias cachalotes podem estar em risco, em Arraial do Cabo

Aparições da espécie não são tão comuns a essa distância da praia, já que são os maiores carnívoros do planeta

Por lu.lacerda
Atualizado em 9 jul 2025, 18h04 - Publicado em 9 jul 2025, 12h00
Grupo de cachalotes, os maiores carnívoros do planeta, em grupo próximo à Praia Grande, em Arraial, em distância nada segura
Grupo de cachalotes, os maiores carnívoros do planeta, em grupo próximo à Praia Grande, em Arraial, em distância nada segura  (Marcelo Gah/Divulgação)
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Acostumado a jubartes e golfinhos, o cinegrafista Marcelo Gah fez um registro inédito nesta quarta (09/07), em Arraial do Cabo, com um grupo de mais ou menos 15 cachalotes próximos à Praia Grande.

São os maiores cetáceos com dentes e também os maiores carnívoros do Planeta de todos os tempos, chegando a pesar 80 toneladas e medir de 12 a 20 metros. No entanto, não estão a uma distância segura, segundo a fotógrafa e pesquisadora Bia Hetzel, integrante do projeto Ilhas do Rio. “Eles podem passar mais de 30 minutos, até quase 1 hora submersos, depois de vir à superfície para respirar. É importante manter a vigia porque cachalotes são animais de águas profundas; eles podem vir a encalhar em grupo ou em massa. Importantíssimo manter distância e evitar qualquer aproximação”, diz ela.

Depois das imagens e vídeos, Maycon Vitorino, presidente da Fundação de Meio Ambiente e Tecnologia (FUNTEC), e uma equipe do Projeto Baleia Jubarte estão monitorando, pois existe risco de encalhe. O Projeto de Monitoramento de Praias (PMP) já foi acionado. “Todas as embarcações foram afastadas do local. Nem mesmo a nossa embarcação pode ficar, por isso estamos retornando ao porto, para que a equipe de terra siga monitorando”, disse Maycon.

Cientistas apontam um conjunto de fatores que podem causar os encalhes em massa da espécie, frequentemente atuando em conjunto:

1 – limitações de navegação em águas rasas: a ecolocalização dos cachalotes funciona melhor em profundidade. Em plataformas continentais rasas, eles podem perder referências;

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2 – coesão social: grupos (especialmente de machos jovens) tendem a seguir um líder — se um indivíduo erra a rota, os demais o acompanham;

3 –  anomalias geomagnéticas ou tempestades solares podem desorientar cetáceos que usam o campo magnético como auxílio de navegação;

4 – distúrbios antropogênicos: navalhas sísmicas, sonares poderosos e poluição sonora podem induzir mudanças de rota ou provocar barotrauma;

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5 – condições patológicas: doenças, infecções ou sobrecarga de parasitas causam fraqueza e perda de orientação, mas raramente são a única causa.

 

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