Câmara do Rio repudia saída do Brasil da IHRA
"A retirada do Brasil da IHRA representa um retrocesso inaceitável no compromisso com a preservação da memória e o combate à intolerância", diz ele

A Frente Parlamentar de Combate ao Antissemitismo da Câmara lançou manifesto em repúdio à saída do Brasil da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA). A decisão foi tomada no último dia 18 e os brasileiros atuavam como observadores. O governo federal optou por sair da aliança porque o ingresso foi feito de forma “apressada”, sem levar em conta obrigações legais e financeiras que precisariam ser reavaliadas.
“A retirada do Brasil da IHRA representa um retrocesso inaceitável no compromisso com a preservação da memória e o combate à intolerância. Não podemos permitir que essa decisão enfraqueça os esforços de enfrentamento ao antissemitismo em todas as suas formas”, diz o vereador Flávio Valle, presidente da Frente. O documento foi assinado por 31 vereadores, incluindo alguns de fora da base do governo.
A Confederação Israelita do Brasil (Conib) também manifestou indignação com a medida, “que representa um retrocesso moral e diplomático abre caminho para o enfraquecimento de esforços globais no combate ao antissemitismo”.
O manifesto carioca será encaminhado aos órgãos competentes e trecho ainda diz: “Em 2023, o Rio tornou-se a primeira cidade do país a adotar oficialmente a definição de antissemitismo da IHRA, motivando diversas outras cidades e estados a seguirem o mesmo caminho. Este ano, com muito orgulho, a cidade sediará o V Fórum Latino-Americano de Combate ao Antissemitismo, reunindo lideranças políticas de todo o continente na construção de um futuro mais justo, seguro e plural”.