“Fest Rival” celebra Raul de Souza em noite de memória, música e inovação
Se você curte boa música — da MPB ao samba-jazz, passando pela bossa nova — com frescor, o Fest Rival pode ser a sua praia









Se você curte boa música — da MPB ao samba-jazz, passando pela bossa nova — com frescor, o Fest Rival pode ser a sua praia. Nessa terça (05/08), o festival homenageou Raul de Souza (1934–2021), o Raulzinho do Trombone, carioca de Bangu que virou referência no jazz.
O show “Raul de Souza → BONE” tem direção musical de Glauco Sölter, parceiro de Raul por mais de 15 anos. No palco, uma banda com nove músicos (quase uma orquestra!) e participação especial de Wilson Simoninha. No repertório, clássicos do trombonista e a inédita “Bom Momento”, gravada em Paris, onde Raul morava, criada há mais ou menos uma década.
“Ele tem um jeito diferente, foi criado nas gafieiras do subúrbio do Rio, então é uma linguagem muito particular e que mostrou ao mundo que ela pode se mesclar com outros estilos também. O estilo dele não é montado dentro dos conceitos de escala teóricos mais comuns que a gente encontra hoje, é muito na percepção auditiva, na criação de melodias, na criatividade pura”, explica Sölter.
O projeto é de Carol Rosman, que assina a curadoria do festival com o marido, o poeta Bernardo Vilhena. A dupla é a mesma que fez as edições do “Copa Fest”, que começou em 2009, no Copacabana Palace, onde Carol conheceu Raul. No ano passado, ela levou o show “Raul” ao Manouche. Este ano, ainda vai levar o show para Soberano Jazz Club, em Itaipava, e para o Country Club no Rio, ainda sem datas.
Agora o tributo trouxe três backing vocals no palco — Luana Mallet, Tania Tai e Ella Fernandes. “Queríamos já fazer esse show há um tempo, mas não havia acontecido por questões geográficas, porque a Yolaine de Souza, viúva de Raul, mora em Paris. Até acertar tudo demorou, mas ela faz a consultoria artística”, diz Carol.
Com alma inventiva e um trombone adaptado, Raul misturava samba, funk e jazz fusion como poucos e ainda soa atual.