“Invertida”, com Andrea Dellal (ex-modelo): “Levo comigo o nome do Rio”

Sagitariana nascida no Leblon, parte da infância na Gávea, Andrea Dellal, ex-modelo, é vegetariana, louca por animais, louca pelo Rio, louca por viagem. Ama dançar, arte em todas as formas, jardinagem, natureza e curtir a família, que está sempre crescendo: é mãe de 4 (Charlotte, Alexander, Alice e Max) e avó de 7 (todos meninos).

Sua vida é um vaivém entre algumas cidades, onde tem casas, por exemplo, Londres, na Inglaterra, onde mora com o marido, o incorporador inglês Guy Dellal, ou Harbour Island, nas Bahamas. Andrea é uma divulgadora espontânea do Rio no exterior. Vive indicando, elogiando, sugerindo a cidade para estrangeiros e, ainda, os que hospeda em casa, na Vieira Souto, nas estadas cariocas. Nunca sabe quando e onde estará: “Não sou de planejar muito: vou com o vento, sou filha de Iansã”, diz ela.

E completa: “Estamos aumentando a casa em Harbour Island para caber a família toda”, completa a carioca cidadã do mundo, que promoveu grande festa de aniversário, no fim de 2024, com show de Seu Jorge, em Ipanema, e seus amigos da vida toda.
 
Leia sua entrevista:

UMA LOUCURA: Subir a Pedra da Gávea com a minha amiga Angela Carvalho (estilista de sapatos), que parecia uma cabrita da montanha — sem nenhum medo da altura. O pior foi a descida!

UMA ROUBADA: Ter levado a Lola, minha cadela, para o Rio, na última vez em que estive na cidade, no fim do ano passado. Na volta para as Bahamas (onde tem casa), tínhamos que passar por Miami, e ela foi barrada no aeroporto. Tivemos que voltar para o Rio e ir no dia seguinte por San Salvador; o voo atrasou, e perdemos a conexão, enfim, uma grande roubada! Meu marido teve de mandar um avião me buscar.

UMA IDEIA FIXA: Manter tudo organizado. Não gosto de  bagunça; organizo até a casa das pessoas com quem tenho intimidade. Recentemente fiz isso no apartamento de uma amiga; ela não acreditou! E, ainda, fazer obra, estou sempre com uma em algum lugar.

UM PORRE: Gente atrasada: acho indelicado. É uma forma de achar que o tempo dele é mais valioso que o do outro.

UMA FRUSTRAÇÃO: Não  saber tocar um instrumento; aprendi piano quando criança e parei.

UM APAGÃO: Dor de parto, todos os meus quatro filhos foram partos naturais.

UMA SÍNDROME: Tenho claustrofobia! Gosto da sensação de liberdade sempre que possível. Não gosto de me sentir presa.

UM MEDO: De fazer ressonância magnética; só de pensar, me dá pânico. Não faço.

UM DEFEITO: Meu perfeccionismo. A perfeição não existe.

UM DESPRAZER: O Rio é uma cidade linda, divertida, as pessoas são alegres e festeiras, meus amigos gringos ficam encantados. É triste ver a cidade maltratada, suja e perigosa. Tive uma infância privilegiada; a Gávea era um paraíso para a criançada. Brincávamos na rua.

UM INSUCESSO: Não vejo minhas tentativas como insucesso. Sou uma eterna aprendiz.

UM IMPULSO: Tenho o impulso para ajudar, faço com prazer! Se ouço alguém precisando de alguma coisa, já penso em como posso ajudar. Outro impulso é me recarregar no Rio; levo comigo o nome da minha cidade, que, entre alguns amigos, é meu apelido. É também o nome de um dos meus netos.

UMA PARANOIA: Deixar um mundo tão incerto para os meus netos. Espero ter a chance de ver as coisas mudarem para melhor, para quando chegar a minha hora, poder ir embora em  paz!

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