Marina Lima: “Vivi muitas idades e não fiquei presa a nenhuma”
Independentemente do lugar a que Marina leve o show da turnê “Rota 69”, a certeza é de ingressos esgotados meses antes
Independentemente do lugar a que Marina Lima leve o show da turnê “Rota 69”, a certeza é de ingressos esgotados meses antes. Tem sido assim! Em agosto, a um mês de completar 70 anos (17/09), a carioca, que estudou Cabala, começou a gravar seu 22º álbum em SP, onde mora desde 2010. No Rio, os cariocas só vão encontrar Marina dia 14 de novembro, na Arena Jockey.
No momento, com agenda pelo país, prova que a fixação do público pela década de 1980 e a qualidade musical daquele tempo seguem firmes. No entanto, se o público ama, ela não vive de nostalgia: é atenta a novos talentos, sempre convida nomes inusitados para parceria no palco, como Pabllo Vittar (no último Lollapalooza), e artistas locais em cada lugar.
“Meus shows estão lotando, e o público jovem tá sempre junto — minha música nunca quis soar datada. As questões que compus em parceria com meu irmão Antonio Cicero são atemporais. Fico feliz por perceber que a obra musical que criei com ele atravessa gerações”, diz ela sobre o poeta, que morreu em 2024, na Suíça, por morte assistida, depois do diagnóstico de Alzheimer.
Sua ausência continua forte, mas ela encontra energia nos palcos: “Eu sempre fui mais feliz fazendo discos… Hoje eu me vejo conectada com o público e adorando fazer shows”, afirma.
Sobre os 70, ela diz: “Vivi muitas idades e não fiquei presa a nenhuma. Eu quero descobrir o que há de libertador agora, neste processo e idade em que estou.”
Enquanto paulistana temporária, suas raízes permanecem, digamos assim: “O Rio é mar. O Rio é onde eu nasci. Eu espero acontecimentos…”.
UMA LOUCURA: Gostar de conversar com os objetos, móveis e coisas da minha casa.
UMA ROUBADA: Ficar pedindo comida tailandesa pelo iFood.
UMA IDEIA FIXA: Música, música, música. E sempre ligada na luz. Quero seguir cuidando da minha saúde, exercendo minha empatia, trocando com meus amigos e com meu amor (a advogada Lídice Xavier)”.
UM PORRE: De saquê com lichia. Amo e tomo, ao menos, uma vez por semana.
UMA FRUSTRAÇÃO: Não tocar piano.
UM APAGÃO: Não lembro.
UMA SÍNDROME: De altura. Só de olhar aquelas ondas gigantes do mar, posso ter um ataque inexplicável.
UM MEDO: De roubarem meu celular: apavorada só de imaginar (seu celular nunca foi roubado).
UM DEFEITO: Sou meticulosa demais e sempre querendo otimizar meu tempo. Sou praticamente uma neurastênica (aos ligados no Zodíaco, ela é virginiana).
UM DESPRAZER: Gente ao meu redor de mau humor. Hoje, na minha banda, tenho a tecladista e baixista Carol Mathias e a bailarina Carol Rangel, que são da nova geração. Minha troca com elas faz parte da minha rotina — e me alegra muito. Acho divertidíssimo.
UM INSUCESSO: Não existe mesmo o agradar a todos. Esse querer é o insucesso.
UM IMPULSO: Brincar e fazer graça de tudo. Preciso me controlar: as pessoas se chateiam…
UMA PARANOIA: Agora, perder os melhores amigos da vida. Sem eles, não faria mais sentido.
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