Jonas Bloch: entre a poesia de Manoel de Barros e a vilania em família
O ator estreia o monólogo "Delírio", inspirado no escritor Manoel de Barros, e comenta a Odete Roitman de Debora Bloch, sua filha
Jonas Bloch dispensa o “por onde anda?” — sempre na ativa. O ator, que está no ar como o vilão Ismael, na reprise de “A Viagem” (“Vale a Pena Ver de Novo”), no dia 6 de setembro, estreia o monólogo “Delírio”, inspirado no trabalho do escritor Manoel de Barros, no Teatro Vanucci, no Shopping da Gávea.
“Quando li Manoel, estranhei… Quase parei, mas continuei e fiquei encantado. É abundante em imagens, tem humor, um olhar não utilitário sobre a vida”, diz o ator, que também assina o cenário artesanal, feito com objetos que remetem ao Pantanal — uma homenagem a Arthur Bispo do Rosário e ao próprio Manoel. Além do teatro, Jonas segue como artista plástico, com exposição em Ouro Preto (MG).
Jonas, agora, também responde sobre a vilania de Débora Bloch, sua filha, incrível como Odete Roitman em “Vale Tudo”. “Meu vilão foi detestado; já ela transformou uma personagem desprezível numa atração. É um Oscar!”, comenta o ator. Ele elogia ainda o texto de Manuela Dias, que mostrou uma mulher de 60 anos com desejos e prazer de viver, mas também com aquela superioridade econômica que o público ama odiar.