No Rio, levam até “bicicleta fantasma”
Geralmente essa bicicletas são inúteis para uso, já que ficam só a sucata, mesmo assim, o sujeito deve levar a carcaça em algum ferro-velho ilegal
No Rio é assim, deu bobeira, levam até a bicicleta que não funciona — que tal? A “Bicicleta Fantasma”, instalada em abril na Glória, em memória de Priscila Marques Monteiro (turista paraibana morta por um ônibus enquanto passeava, no ano passado) foi furtada. Um seguidor do grupo “Informe Gloriano” chegou a fotografar o momento de um homem levando a bike. Isso porque nesta terça (19/08) foi criado o Dia Nacional do Ciclista, em memória de Pedro Davison, outra vítima de atropelamento em 2006.
A homenagem foi do coletivo carioca “Minas na Pixxta”, grupo feminino de bicicleta de rua, para lembrar ciclistas mortos em trânsito, mas principalmente cobrar respostas pelo atropelamento de Priscila. “Em diversas cidades do mundo, é comum a homenagem com a instalação de uma bicicleta pintada de branco no exato local onde aconteceu o atropelamento, incorporando à paisagem urbana um espaço de memória e reflexão crítica para conscientizar cidadãos sobre as vidas perdidas por imprudência de motoristas no trânsito”, dizem as Minas.
Geralmente essa bicicletas são inúteis para uso, já que ficam só a sucata, mesmo assim, o sujeito deve levar a carcaça em algum ferro-velho ilegal para ganhar uns trocados. O furto retira do bairro um alerta pela vigilância e respeito.
Essa não foi a primeira ação do coletivo, que costuma fazer pedaladas noturnas e reivindicar segurança nas ruas cariocas e lembrar todas as vítimas – nos últimos 10 anos, ao menos 13 mil ciclistas morreram no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet).