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Lu Lacerda

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Jornalista apaixonada pelo Rio

Psi comenta comportamento antiempático de “fãs” no velório de Preta Gil

A maioria dos “fãs” mantém seus celulares em riste na hora de passar pelo corpo da cantora

Por lu.lacerda
Atualizado em 25 jul 2025, 12h42 - Publicado em 25 jul 2025, 11h00
Francisco Gil, filho de Preta, se despedindo da mãe enquanto pessoas passam na fila e filmam
Francisco Gil, filho de Preta, se despedindo da mãe enquanto pessoas passam na fila e filmam  (./Reprodução)
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Preta Gil é o nome mais comentado desta sexta (25/07). No entanto, no velório aberto ao público, no Theatro Municipal, para uma verdadeira multidão, que está ali desde às seis da manhã, muita gente tem reparado um comportamento, digamos, antiempático: alguns “fãs” com seus celulares em riste, na hora de passar pelo corpo da cantora.

Embora Gominho, um dos melhores amigos de Preta, tenha dito, no programa da Ana Maria Braga, que “ela ia estar amando, tá tudo chiquíssimo”, internautas criticam o que chamam de completa falta de noção e respeito pelo momento em si — além de selfies, tem canal no YouTube fazendo live de dentro do teatro. Que tal?

Preta era uma pessoa pública, assim como toda a sua família, e foi ela mesma que pediu o velório aberto, mas ela realmente gostaria desse momento? E qual o limite da exposição?

A coluna falou com o psiquiatra Arnaldo Chuster sobre esse comportamento. “A princípio, existe uma curiosidade mórbida que não tem nenhuma conexão com o luto pela perda de uma pessoa considerada icônica. Todavia, a questão pode ser mais complicada, pois a curiosidade mórbida pode se associar à arrogância e à estupidez. Essa tríade de fenômenos denuncia uma falência psíquica, sobretudo dos vínculos emocionais. Fica chocante concluir que a falta de vínculos emocionais ou a sua falência podem ser substituídas por uma atividade de consumo, de distração, de cinismo, de conformismo com a banalidade”.

E segue: “Atualmente penso que o chamado Terceiro Mundo tem situações muito complicadas — temos adotado o que se produziu de pior no chamado Primeiro Mundo. A falta de respeito está profundamente ameaçada por exatamente isso que você chama de ‘falta de noção’. Um velório que se abre para o público implica uma questão de privacidade que foi eliminada. Também é motivo de confusão com a ideia de espetáculo e consumo”.

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Entre os comentários nas redes: “tirando foto com flash na frente do caixão, só mostra como as pessoas não têm empatia com o próximo”; “liguei a TV rapidinho e vi o povo no velório passando na frente do caixão, filmando o corpo. A gente falhou muito como sociedade, o povo não sabe prestar condolências à família e homenagens a ela sem gravar?”; “muita gente na fila, com o celular na mão tirando foto do corpo. O ser humano é desprezível! Por isso que nessas horas sou completamente favorável ao enterro fechado, só com família e amigos. ‘Fã’ não tem respeito nem nessas horas!”; “o YouTube me sugeriu a transmissão ao vivo de um canal que tá mostrando em close o rosto dos artistas que estão no velório. Tem uma imagem do dono do canal no canto da tela, ‘comentando’ o velório e lendo mensagens do chat. O triste horror de uma sociedade doente!”, e assim vai.

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