Sem fogos para a Árvore da Lagoa: Natal iluminado, sim. Estourado, não
Desde o processo de naturalização da Lagoa, iniciado no ano passado, várias espécies vegetais e animais voltaram ao local
Logo que soube da volta da Árvore de Natal à Lagoa, o biólogo Mário Moscatelli, coordenador do projeto Manguezal da Lagoa, fez um apelo aos organizadores. “Que não usem fogos de artifício, coisa muito comum na maioria dos eventos da cidade. Meu pedido é pelo trabalho de 36 anos do projeto, que levou ao incremento da biodiversidade do ecossistema local. O uso de fogos gera um estresse violento em toda a fauna nativa, onde muitas espécies estão em pleno período reprodutivo, além de afetar pessoas sensíveis ao ruído e animais de estimação. Atualmente existem alternativas, como o uso de drones. Conto com a colaboração e empatia, principalmente no período natalino, para com todas as demais espécies animais.”
A última árvore flutuante foi montada em 2019, e a queima de fogos sempre foi um dos pontos altos da inauguração. Em 2023, a estrutura foi instalada em um ponto fixo, no complexo Lagoon, e a cerimônia também incluiu fogos.
Desde o processo de naturalização da Lagoa, iniciado no ano passado, várias espécies vegetais e animais voltaram.
Pela legislação carioca, o uso de fogos de artifício em eventos é permitido, mas com restrições: devem ser de baixo ruído, preferencialmente sem estampido. Na prática, sabemos que isso quase nunca acontece.
Os organizadores, Dream Factory e Backstage Rio, ainda não divulgaram detalhes da montagem.
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