Todos querem saber de onde vem o vigor de Rosamaria Murtinho
Espetáculo “A vida não é justa” estreou nesse fim de semana, no Sesc Copacabana. Veja fotos!










Parte da plateia de “A vida não é justa”, que estreou nesse fim de semana, no Sesc Copacabana, descobriu que a vida não é mesmo justa se comparada à de Rosamaria Murtinho, com aquele vigor e raciocínio tão rápido quanto alguém de 30, 92 anos. A atriz interpreta três personagens, entre eles, uma senhora que entra em salas de bate-papo pra ter conversas sexualmente picantes, com o apelido “Molhadinha25”.
O texto é baseado no livro da juíza Andréa Pachá, com direção de Tonico Pereira, que tem também no elenco Wilson Rabelo, Lorena da Silva, Marta Paret, Duda Barata, Bruno Quixotte e Rafael Sardão, em temporada curtíssima até 09 de fevereiro.
Rosamaria também foi muito aplaudida numa cena em que vive uma sambista que se converte evangélica e, no fim do quadro, se levanta, dança e samba com plena desenvoltura. “São todos personagens muito ricos e diferentes”, diz ela, cujos três filhos e uma neta estavam na plateia.
O livro de Pachá foi lançado em 2012, e ganhou os palcos com dramaturgia de Delson Antunes, sendo sucesso de público nas duas temporadas anteriores no Rio e SP. “A gente pode viver grandes guerras, pode viver grandes hecatombes, mas no final o que define a nossa vida são essas pequenas questões que acontecem entre o nascimento e a morte. Como é que a gente ama, como é que a gente se relaciona, como é que a gente lida com a perda? Essas são as questões que me interessam, e que nos interessam como humanidade, interessam para o teatro. E é por isso que conflitos, aparentemente tão banais, acabam despertando tanto interesse, porque eles falam de quem nós somos”, diz Andréa, que acompanhou ensaios, leituras e estreias.