Vitrines natalinas surgem antes da primavera: ansiedade capitalista?
Natal em setembro: quando o mercantilismo inventa a máquina do tempo
Ah, o espírito natalino!! Quem passou pela Caçula da Visconde de Pirajá, Ipanema (a rede está em vários bairros), levou um susto: pinheiros, guirlandas e luzinhas piscantes na vitrine. Antes de chegar a primavera e antes do Dia das Crianças.
O capitalismo tem dessas: transforma datas em temporadas infinitas. É a lógica da “ansiedade capitalista”: quanto mais cedo você sentir o cheirinho de rabanada imaginária, mais cedo abre a carteira. Efemérides são assim – por exemplo o Dia das Mães, tradicionalmente em maio, começa em abril; a Black Friday dura o mês inteiro de novembro, e o carnaval já tem bloco ensaiando no feriado de 7 de setembro, ou seja, a vida capitalista se resumiu a transformar calendário em vitrine.
Segundo lojistas, Natal não é coisa de última hora — começa em agosto, chega na vitrine em setembro, e está pronta para o frenesi de outubro e novembro, já que a data existe planejamento logístico.
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