Johnny Massaro fala sobre série que retrata início da Aids no Brasil
Máscaras de Oxigênio Não Cairão Automaticamente, que estreia neste domingo (31) na HBO Max, mostra o início da epidemia da Aids no país
Nascido em 1992, Johnny Massaro não viveu os anos 8o, retratados na série Máscaras de Oxigênio Não Cairão Automaticamente, que estreia neste domingo (31) na HBO Max. Mas o ator mergulhou em referências para interpretar Fernando, um comissário de bordo que vive o auge da epidemia da Aids no Brasil.
“É muito interessante esse deslocamento temporal, porque a gente precisa mergulhar em épocas diferentes da nossa. No que diz respeito aos anos 80 é uma época muito maravilhosa, sobretudo naquele momento pré-Aids, onde as pessoas conseguiam viver de uma forma muito livre a sua sexualidade. Uma época de muito brilho e o Rio de Janeiro naquela efervescência toda. Sinto saudade sem ter vivido, com certeza”, afirmou o ator.
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Apesar de ser uma obra de ficção, foi inspirada na história real de funcionários da Varig que participaram de um esquema de contrabando de AZT na época em que o medicamento ainda era proibido no Brasil. A iniciativa salvou vítimas em uma época que o diagnóstico era considerado uma sentença de morte.
“Se não fossem pessoas como Fernando, personagem que eu interpreto, a gente não estaria onde estamos hoje. O Brasil, apesar de todas as nossas mazelas, hoje é uma referência no que diz respeito a prevenção e ao tratamento de pessoas que vivem com HIV. A gente precisa saudar o SUS”, faz questão de destacar.
Para o ator é sempre importante ter respeito pelas pessoas que foram fundamentais para a evolução das pautas apresentadas na minissérie. Ele lembra o quanto o preconceito na época foi muito oportuno para atacar um grupo que sempre foi atacado, especialmente com a campanha de associação da Aids com a comunidade LGBTQIA+.
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Massaro ressaltou ainda a importância de retomar o tema, em especial para a geração mais nova que não viveu o pior período: “A ficção também informa, faz com que as pessoas se interessem por determinado assunto. É uma pandemia que ainda está aí. Embora a gente tenha tratamentos incríveis e as pessoas tenham a mesma qualidade de vida, ainda 10 mil pessoas por ano morrem só no Brasil”.
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Outro aspecto importante foi a atualização da narrativa. Mesmo com ótima recriação de época, tiveram o cuidado de abolir o uso de terminologias que eram comuns nos anos 80 e hoje não são mais usadas.
Para isso Johnny destaca a assessoria da infectologista Marcia Rachid, uma das maiores autoridades no tema desde os anos 80. “Ela teve um acompanhamento muito forte durante todo o processo, inclusive em respeito a linguagem. Ter a Marcinha ao nosso lado foi uma segurança muito grande”, celebra o protagonista.
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