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Otavio Furtado

Por Otavio Furtado, jornalista e consultor de diversidade & inclusão Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

O poeta está vivo: LGBTs gravam Cazuza em coletânea

Projeto celebra o artista que completaria 65 anos em 2023

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Atualizado em 16 ago 2023, 12h07 - Publicado em 16 ago 2023, 07h52
Artistas LGBT gravam coletânea de Cazuza
 (Reprodução/Reprodução)
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No ano em que completaria 65 anos de idade, um dos maiores poetas da música brasileira e ícone LGBTQIA+, Cazuza ganha uma coletânea com relançamento de 20 faixas do artista, além de releituras de grandes sucessos na voz de artistas da comunidade.

O projeto traz quatro regravações de sucesso do artista nas vozes de expoentes da nova geração. Silva canta “Preciso Dizer que Te Amo”; “Pro Dia Nascer Feliz” estará nas vozes de Thiago Pantaleão e Marô; Luiza Martins faz a sua versão de “Codinome Beija-Flor”; e “O Tempo Não para” será interpretada por Reddy Allor.

A conexão vai além da obra. “O Cazuza sempre foi uma grande influência por sua interferência, ao dar a cara tapa em assuntos importantes que na época ninguém falava. A força dele, as letras, toda a inteligência, a reflexão que é atemporal, é um aprendizado eterno”, enfatiza a cantora Marô.

Mas claro que ter a oportunidade de regravar obras primas também é algo celebrado pelos participantes. “Fico feliz e honrado em participar dessa homenagem ao Cazuza, um artista tão único e de enorme importância pra gente”, comentou Silva. Sensação compartilhada também por Thiago Pantaleão: “Ter a oportunidade de cantar Cazuza pra mim é uma das maiores realizações da minha carreira, porque ele foi e é um poeta que inspira milhões de pessoas e artistas como eu”.

A identificação com Cazuza passa pela carreira de todos. “O Cazuza sempre foi uma referência na minha construção como artista. Um ícone atemporal, que ultrapassa gerações até hoje com sua arte e personalidade.”, disse Reddy Allor. Inclusive há identificação com a vida pessoal, como no caso da Luiza Martins: “Uma curiosidade muito doida é que a primeira tatuagem que eu fiz aos 15 anos é um trecho de uma música dele: ‘piedade para essa gente careta e covarde’”.

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“Cazuza: O Poeta Vive” é um lançamento da Som Livre, disponível nas plataformas de áudio no próximo dia 18/08 (clique aqui para escutar em primeira mão). A gravadora disponibilizará ainda em seu canal do YouTube visualizers destas faixas.

Será mais uma ação do projeto (Re)Descubra, que visa presentear os saudosistas e reapresentar para as novas gerações um pouco mais da história musical do país. Entre outros lançamentos da campanha, está uma homenagem aos 50 Anos de “Acabou Chorare” em 2022, dos Novos Baianos, além da disponibilidade pela primeira vez no streaming do disco “Trem Azul”, gravado no último show em vida de Elis Regina.

 

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