Volto a falar do guia
The Beautiful Rio de Janeiro, que completa cem anos de sua publicação este ano. No post da
Avenida Rio Branco, deixei de fora o
Teatro Municipal porque este merece algumas linhas apenas para ele. O guia traz informações reveladoras sobre este marco arquitetônico. Fruto de um concurso vencido pelo filho do prefeito
Pereira Passos, o Municipal teria custado aos cofre públicos, em 1904, mais de 2 milhões de libras esterlinas. Para termos de comparação, oito anos mais tarde a arrecadação municipal atingiria a cifra de 2,7 milhões de libras, num dos melhores desempenhos da economia desde a administração de Pereira Passos. “É não somente o edifício mais caro e elaborado da cidade como o teatro por excelência”, vaticina Alured Gray Bell.
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O custo da obra assim como o cachê pago aos
artistas estrangeiros eram elevados. “O Municipal é, ao lado do Teatro Colon, de Buenos Aires, e o Teatro Municipal, de São Paulo, a meca dos grandes atores, atrizes, tenores e divas da Europa; inclusive, suspeito que os salários prodigiosos pagos na América do Sul aos virtuoses europeus tem sido a melhor propaganda da cultura e da saúde financeira das economias sulamericanas”, prossegue o autor de
The Beautiful Rio de Janeiro.
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Outras casas como os teatros Lírico e Palace são dignas de elogios, mas as salas de concerto da cidade não escaparam à crítica: “Só os recomendo se você estiver tão entediado a ponto de querer se matar”. O guia destaca ainda a beleza arquitetônica dos palácios Monroe, do Itamaraty e do Catete.
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