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Teatro de Revista

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Espetáculos, personagens, bastidores e tudo mais sobre o que acontece na cena teatral carioca, pelo olhar do crítico da Veja Rio

Tuca Andrada comenta sua estreia como diretor

Ator conhecido do grande público por seu trabalho na televisão, Tuca Andrada também construiu uma sólida carreira no teatro, com mais de trinta espetáculos no currículo, incluindo sucessos como Orlando Silva, o Cantor das Multidões (2004), no qual interpretou o personagem-título. Agora, ele se arrisca como diretor, a bordo da comédia Por que Será que […]

Por rafaelteixeira
Atualizado em 25 fev 2017, 19h10 - Publicado em 18 abr 2013, 18h43
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Ator conhecido do grande público por seu trabalho na televisão, Tuca Andrada também construiu uma sólida carreira no teatro, com mais de trinta espetáculos no currículo, incluindo sucessos como Orlando Silva, o Cantor das Multidões (2004), no qual interpretou o personagem-título. Agora, ele se arrisca como diretor, a bordo da comédia Por que Será que as Amamos Tanto?, do argentino Daniel Datola. Em cartaz no Teatro Candido Mendes, a peça mostra dois amigos (personagens de Marco Miranda e Wesley Aguiar) conversando sobre os insondáveis hábitos das mulheres.

Em cartaz a partir de hoje em Seis Aulas de Dança em Seis Semanas, êxito na temporada teatral em 2012 que reestreia no Teatro dos Quatro, o mais novo diretor na praça falou ao blog sobre este momento de sua carreira:

Como você conheceu o texto do Daniel Datola? O que te atraiu no texto, e como você embarcou no projeto?

Um amigo que mora na Argentina e que também conhece o Daniel Datola achou que eu poderia montar esse texto como ator aqui no Brasil. Na época, eu estava ocupado com outros trabalhos, mas achei interessante e divertida a maneira como o autor abordava o assunto. De uma forma leve e bem humorada, ele trata da relação entre homens e mulheres sem se preocupar em ser sério ou apresentar uma tese. Na verdade, é uma grande brincadeira.

Você está estreando como diretor. É uma vontade antiga, um passo que você já queria dar há muito tempo?

Nunca pensei em dirigir. Gosto de ser ator e pretendo continuar sendo, mas confesso que gostei da experiência e quero repetir. É interessante fazer um ator entender que a escolha que ele fez para expressar determinada ideia ou emoção não é a melhor, e ajudá-lo a encontrar o caminho desejado por mim.

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Em que medida a sua experiência como ator ajudou e em que medida atrapalhou o seu trabalho como diretor?

Ajuda na medida em que você sabe o quanto um ator fica frágil e sensível na busca pelo personagem, o quanto ele precisa de apoio e paciência por parte do diretor. Atrapalha se você quer mostrar como faria o personagem, quando você esquece que ali você é o diretor.

Faço a pergunta que dá título à peça: por que será que as amamos tanto?

Porque elas são seres indecifráveis, misteriosas, e você sempre precisará delas em algum momento.

Você está voltando ao circuito com Seis Aulas de Dança em Seis Semanas. O que essa peça representa pra você?

Essa peça é muito oportuna num momento em que se fala tanto em aceitar as diferenças entre as pessoas. É muito importante estar no palco nesses dias e falar desse tema. Não é á toa que por onde passamos a peça agrada tanto. É um assunto que está na pauta do dia e que pega as pessoas pelo pé. E claro, trabalhar com a Suely Franco (que encarna a viúva que decide ter aulas de dança com o personagem de Andrada) é um show.

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Ainda sobre Seis Aulas, qual era a sua experiência com dança? Já havia feito trabalhos em que essa habilidade era necessária?

Já fiz muitas aulas de dança, de todos os tipos, e cheguei a me apresentar com a Deborah Colker e com a Regina Miranda, mas nunca havia feito dança de salão. Tivemos aulas com o Carlinhos de Jesus, que também é coreografo da peça, durante os meses de ensaio. Aprendemos alguns passos de cada dança exibida na peça e montamos as coreografias.

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