Comer &Beber 2017: Hocus Pocus é a melhor cervejaria artesanal
Com suas formulações surpreendentes, a marca conquista a vitória na categoria estreante
Na última década, o hábito carioca de beber uma gelada ganhou em complexidade e sabor. A proliferação de cervejas especiais começou pelas importadas e inspirou a produção nacional, que estourou. Empreendedores fluminenses, particularmente os da capital, abraçaram a causa, e a criação da categoria Melhor Cervejaria Artesanal é consequência natural desse fenômeno. Em meio à forte concorrência nas geladeiras, ganhou a cervejaria dos amigos Pedro Butelli e Vinícius Kfuri, batizada com o título de um hit da banda de rock progressivo Focus. Desde a estreia, em setembro de 2014, com a elogiada belgian golden strong ale Magic Trap, a dupla aumentou trinta vezes a produção inicial, de 1 000 litros, e ostenta cerca de quinze rótulos criados. Sua Overdrive, northeast double IPA de alto teor alcoólico (8,2%) e amargor equilibrado, ocupa o primeiro lugar entre as marcas nacionais na rede social Untappd, referência no segmento. Mais recente, a Peach², new england IPA com adição de pêssegos, é uma parceria com a paulista Dogma. Ainda em 2017, três exemplares em testes devem se juntar à lista — uma imperial stout, uma berliner weisse e a Moonrock, com o cobiçado pó de lupulina, recém-chegado ao mercado nacional. Para badalar seus lançamentos, a marca se aventura por festivais de cerveja e de rock — e, desde 2016, mantém em Botafogo um bar próprio, o Hocus Pocus DNA. Ali, os amantes da variedade e da diversidade não têm do que reclamar.