COMER & BEBER 2017/2018: cafés – Comidinhas
Confira a seleção dos melhores endereços dessa categoria
A edição especial VEJA COMER & BEBER Rio reúne 140 endereços de comidinhas. Abaixo, a seleção dos melhores lugares para beber um bom café.
Armazém do Café: No comando da rede com sete endereços, o especialista Marcos Modiano resiste ao sistema de franquias. O café brasileiro reina no menu há vinte anos. Mais pedido entre os expressos, o blend que leva o nome da casa (R$ 6,00, na xícara de 50 mililitros) mistura grãos de São Paulo e Minas Gerais. Pelo mesmo valor, toma-se também a versão coada da bebida. Há ainda a opção de levar para casa cápsulas compatíveis com máquinas da Nespresso (R$ 17,00 a caixa com dez unidades). Diariamente, o cliente encontra sete variedades, a exemplo do bahia (R$ 9,00 a xícara; R$ 100,00 o quilo), oriundo do município de Barra do Choça, e do valsa (R$ 8,00 a xícara; R$ 19,75, 255 gramas), da região da Alta Mogiana, no interior paulista, todos com torrefação local. Entre os drinques com café, o campeão é o irish coffee (R$ 22,00), com uísque irlandês, dose de expresso e chantili. Outro hit, o cappuccino frapé (R$ 13,00) é batido com gelo, leite, licor de café e calda de chocolate. Para mastigar, a linha de sanduíches tem pedidas ecléticas: do singelo miga com queijo e presunto (R$ 9,50) ao robusto croque-monsieur (R$ 24,00). Também há combos para um desjejum completo, a partir de R$ 18,00.
Bastarda: O Slow Coffee é um movimento internacional que estimula o consumo sem pressa de cafés de qualidade e valoriza os métodos de extração. Você pode chiar, dizendo que encontraram novo alvo para o raio gourmetizador. Ou então pode ser feliz, explorando um mundo de aromas e sabores em lugares como a descolada cafeteria campeã. O endereço tem uma pequena butique de acessórios de ciclismo, e expõe, no balcão, equipamentos para tirar o cafezinho. São seis os métodos coados, como Aeropress, Chemex e French Press. Curioso, o sifão, um globo de vidro, combina infusão e filtragem, produzindo bebida delicada e saborosa. O pedido (R$ 15,00, 200 mililitros) rende duas xícaras cheias. Notas cítricas dos grãos são acentuadas no filtro japonês Hario V60 (R$ 12,50, 180 mililitros). A lista de drinques também traz alternativas ao pretinho básico, como o mocha, reunião de expresso, leite cremoso e ganache de doce de leite (R$ 11,50). Uma dica gelada une expresso, água tônica e gelo (R$ 12,00).
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Café Épico: Experientes no comércio de grãos e máquinas de café, os sócios Nívia Dantas e Alexandre M’Alves compartilham seu conhecimento com os clientes. Às quartas, por volta das 16h30, é feita diante dos presentes a torrefação de cafés especiais. A casa oferece quatro blends, que podem ser comprados em grãos ou moídos de acordo com o método que será feito em casa (R$ 15,00, 250 gramas). Para consumir por lá mesmo, há grãos do Sul de Minas em torra média ou escura, do Cerrado Mineiro em torra média e do Noroeste Fluminense, em duas intensidades de expresso (R$ 4,50, a xícara de 60 mililitros). O café também é servido coado ou extraído em prensa francesa. Para quem gosta de bebidas cremosas, as dicas são o latte macchiato (R$ 6,50), com leite vaporizado, e cappuccinos quentes ou gelados, aromatizados com baunilha canela, avelã ou chocolate (R$ 6,90, 160 mililitros). Entre os petiscos, o pão de queijo feito na casa é vendido por unidade (R$ 1,10) ou na porção com dez (R$ 10,00). No almoço, encontra-se boa variedade de pratos a partir de R$ 24,90.
Café Etc Monica Pondé: Dentro de joalherias da marca Monica Pondé, os dois recantos têm ambiente elegante e convidativo. Em torno do mobiliário de madeira, que evoca antigos armazéns, são vendidas, além de joias, valiosas antiguidades e cafés orgânicos coados no método Hario V60. Criada pela empresa japonesa em 2005, essa forma de extração resulta numa bebida límpida, sem resíduos aparentes, que preserva os óleos essenciais de sabor e aroma. São quatro tipos: o equilibrado petit noir (R$ 12,00, pequeno), feito com café jacu bird; o frutado bleu (R$ 6,00), oriundo da Chapada Diamantina; e os suaves camocim, do Espírito Santo, e boujour, de Santo Antônio do Amparo, em Minas Gerais (R$ 5,00 cada xícara). A lista de beliscos se resume ao chocolate ibá (R$ 6,00, 30 gramas), ao pão de mel caseiro com nozes (R$ 5,00) e ao potinho de castanha-de-caju com flor de sal (R$ 16,00).
Café Secreto: Na silenciosa Vila do Largo, o ponto, no último ano, ampliou o horário de funcionamento e o número de lugares. Por lá, bebem-se ótimas xícaras, tiradas pela proprietária Gabriela Ribeiro e pelo expert Raul Ribeiro. O blend da vez varia bastante. Uma opção frequente, e saborosa, é o equilibrado espresso 22 (R$ 5,50, expresso; R$ 8,00, coado), mistura de catuaí vermelho e amarelo, icatu e bourbon. Irrequieta, Gabriela garimpa novidades, a exemplo das variedades dos paulistanos Wolff e Coffee Lab, mas aí a xícara aumenta para R$ 15,00. Em horários mais tranquilos, vale sentar no balcão e pedir explicações sobre os métodos de extração. Invenção de bom resultado, o tropicália (R$ 11,00) reúne expresso e água de coco sem conservantes. Os comes vêm de pequenos produtores, caso dos pães de queijo da Nuu (R$ 7,00, quatro unidades), com queijo da Serra do Salitre, e das fatias de pão sourdough da Slow Bakery (R$ 14,00 o par) servidas com manteiga, mel, geleia ou azeite. Adoce a visita com o culito blanco (R$ 5,00), bolinho à base de farinha de arroz, manteiga e coco fresco, receita da avó guatemalteca de uma vizinha de vila. Em tempo: a casa aboliu o telefone fixo para melhorar o atendimento. O funcionamento em feriados é avisado pelas redes sociais.
Café Sorelle: A mudança mais recente no negócio criado pelas irmãs Maria Paula e Elsia Mattoso foi o fechamento da filial no Botafogo Praia Shopping. A casa-mãe, no Humaitá, segue firme e forte, com cafés de qualidade, a exemplo do Suplicy, 100% arábica, e do Orfeu (R$ 6,00 cada pedido), de aroma intenso e notas de caramelo. Outro patrimônio local é a ala dos bolos (R$ 7,00 a fatia). A lista inclui o de laranja com cobertura cristalizada e massa fofinha e o brownie clássico (R$ 10,00 o simples; R$ 14,00, com calda; e R$ 19,00, com calda e sorvete), ambos já premiados em edições do COMER & BEBER. Para uma refeição ligeira, aposte sem erro no salpicão de frango (R$ 30,00), com palmito fresco, manga e batata palha feita no forno, sem nada de maionese. A qualquer hora saem omeletes com recheios caprichados, acompanhadas de salada verde ou arroz integral.
Cafuné: Aberto em 2010, sob o comando do casal Dani e Leo Antunes nos últimos dois anos, o espaço é tomado por um aroma permanente de café fresquinho. O cheiro agradável vem da torrefação feita no 2º andar, ritual prestigiado pelos clientes assíduos. Dica mais recente, a bebida extraída na french press (R$ 9,00) une-se a outros métodos, como Aeropress (R$ 8,00) e Hario V60 (R$ 9,00), todos com rendimento equivalente a uma xícara grande. Os queridinhos, no entanto, são os tradicionais expresso (R$ 6,00) e chocolate quente (R$ 11,00), com espuma de leite. Para beliscar, há tapioca recheada (R$ 17,00, de queijo de coalho) e um imperdível tostex de gorgonzola no pão francês (R$ 15,00). Pedida mais singela, a torrada Petrópolis com manteiga (R$ 6,50) é ideal para as manhãs. Para quem não larga o café nem na sobremesa, o affogato (R$ 13,00) reúne expresso e sorvete em doce sintonia. Curiosidade: a casa também serve sucos potentes, como o explosão (R$ 13,50), concentrado de maçã, banana e gengibre.
Colab: Negócios descolados trouxeram outros ares a uma região degradada de Botafogo. Um deles é essa casa com conceito de economia colaborativa. Com mesas coletivas, o espaço, que preza pela sustentabilidade, serve de vitrine para produtos artesanais cariocas, a exemplo da kombucha Nordic (R$ 14,00), de infusões da marca Chá e Café da Rafa (R$ 20,00 a R$ 30,00) e de cervejas que se revezam na torneira. Outros comes e bebes são preparados lá mesmo. O expresso macchiato (R$ 6,00), acrescido de espuma de leite, fica bem ao lado do saboroso cinnamon roll (R$ 6,00), pão doce com canela e casquinha crocante de açúcar cristalizado. Entre os itens do café da manhã, servidos até as 16h, os huevos rancheros são dois ovos fritos sobre fatia de pão rústico, cobertos por refogado de tomate, cebola, pimentão e páprica (R$ 22,00). Um menu de sanduíches elenca sugestões como o hambúrguer com queijo, bacon e maionese (R$ 24,00) e o choripán, de linguiça e molho chimichurri (R$ 18,00). No cair da noite, o clima muda e ganha ares de badalação.
DC lá em cima: A reforma em 2016 foi uma das mudanças no charmoso espaço, extensão da loja multimarca Dona Coisa. No 2º andar, o ambiente abriga antiguidades e artigos de cozinha, em parte à venda. O expresso Casa do Barista (R$ 6,60, simples; R$ 8,50, duplo) tem grãos moídos na hora e divide a preferência com os chás Casa Bon Ton (R$ 16,00), produzidos por Eloi Nascimento. Criações suas há mais tempo no menu, apetitosos bolos e tortas fazem sucesso. É o caso da cheesecake carmem (R$ 18,00), receita de ricota de búfala e geleia de morango com cranberry, montada sobre base de treze especiarias perfumada por cardamomo. Os waffles destacam-se pelo sabor, com massa tradicional ou de tapioca (a partir de R$ 17,00, com manteiga). Se der a sorte de chegar na hora em que a fornada de cookies (R$ 7,00 a unidade, tradicional ou diet) estiver saindo, não resista. Na ala salgada, o nuvem de queijo (R$ 12,50) é um petisco leve e fofo, recheado com o tipo gruyère. Servido desde junho, de segunda a sábado, o café com pão (R$ 11,50) — baguete do Felice Caffè na chapa com manteiga extra, acompanhada de café expresso, cappuccino ou macchiato — levou à antecipação do horário de abertura das 11h para as 8h30.
Fazenda Paradiso Café: Com a fazenda adquirida em 2013, a família Pereira deu início a uma história de amor por cafés especiais. De Santo Antônio do Amparo, no sul de Minas, chegam os grãos que abastecem a loja votada na categoria Cafeteria, nesta edição do COMER & BEBER. No sobrado do século XIX, atendentes bem treinados sugerem experiências, como o desafio da xícara (R$ 10,00): dois expressos da mesma variedade servidos em recipientes com volumes diferentes. Há sempre ao menos três tipos, como catucaí, bourbon amarelo e o blend topacatu, extraídos em um dos cinco métodos disponíveis, a exemplo do Hario V60 (R$ 11,40, café especial; R$ 13,20, especial de origem; 100 gramas). Também são três as versões de expresso: curto (R$ 5,50), tradicional (R$ 6,50) e duplo (R$ 10,00 a R$ 13,00). Outra dica, o cold brew artesanal (R$ 11,00) é extraído a frio e servido gelado. Para acompanhar, escolha entre o pão de queijo de produção própria, que mistura parmesão e o tipo curado da Serra da Canastra (R$ 5,00), e o brownie com um toque de café (R$ 6,50).
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Folie a Deux: Bem-vinda novidade na Praça São Judas Tadeu, onde fica a estação do Trem do Corcovado, o ponto é empreitada das irmãs Marina e Clarisse Ivo, em parceria com Ligia Barreto. Elas comandam a cozinha aberta e o pequeno salão de decoração charmosa. O cardápio busca valorizar a produção nacional. Com receita caseira, o pão de queijo da Serra da Mantiqueira (R$ 8,00, três unidades) chega quentinho, envolvido por casquinha crocante. A tapioca orgânica, hidratada com beterraba, ganha cinco opções de recheio, a exemplo da saborosa reunião de salmão cozido, alcaparra, cebolinha e cream cheese (R$ 20,00). Acompanhado de salada, o pedido sobe para R$ 27,00. Uma dica de desjejum, o waffle da vovó Lia (R$ 18,00) é feito com massa batida na hora e servido com manteiga e mel ou geleia. Não saia sem provar o ótimo café Terroá, da Chapada Diamantina. Aromático, tem sabor frutado e deliciosamente ácido, se tirado como expresso (R$ 6,00). Mais suave, a versão coada, na Hario V60 e ou na french press, custa R$ 7,00 (a xícara).
Gaia Art & Café: Reduto de receitas sem carne, como os veganos bolinhos de sol (R$ 20,00, seis unidades), de arroz integral 7 grãos com shiitake e molho teriyaki. Abastecido por pequenos produtores, um bufê de almoço (R$ 29,00, individual) entrou em cena, mas seguem dicas à la carte, a exemplo de rostie de inhame com salada colorida (R$ 28,00), sucesso desde a abertura. Ajudam a passar o tempo os livros da minibiblioteca na entrada, aberta para receber doações de clientes. À noite, uma boa dica é a pizzioca, disco de massa de tapioca coberto por mussarela, molho de tomate, shiitake, tomates e rúcula (R$ 29,00, individual), com soda artesanal de amora (R$ 7,00, 300 mililitros). Para acompanhar o café 100% orgânico, servido como expresso (R$ 4,50), cappuccino com leite vegetal de castanha-do-pará (R$ 8,00) e até mesmo gelado, com água gaseificada e essência de limão (R$ 13,00), prove a verrine de brigadeiro de capim-limão e cardamomo (R$ 6,00). Aos domingos, a feijoada vegana (R$ 33,00) rola ao som de choro ao vivo. Em noites com shows de MPB e jazz, o horário vai até a meia-noite.
Kraft Café: O foco no café especial foi reforçado por uma mexida radical feita no último ano. Antes misto de cafeteria e fast-food saudável, o ponto agora não oferece mais refeições prontas. A máquina de expressos ganhou lugar de destaque, na entrada: trata-se de uma La Marzocco, feita a mão e oriunda de Florença, na Itália. Grãos torrados pelos donos do negócio garantem boas xícaras (R$ 6,00, tradicional ou carioca; R$ 8,50, longo) a qualquer hora do dia. A folha de pagamento foi reduzida pela metade e os proprietários, o australiano Duncan Hay e sua esposa, a brasileira Priscila, põem a mão na massa. Foi dela a ideia dos brunchs nos fins de semana. A uma quadra da praia são servidos coquetéis (como o expresso martini, R$ 18,00), omeletes, sanduíches e combos, a exemplo do composto de suco, café latte, pão sourdough, manteiga, vegemite, frios, fruta, geleia de framboesa, pão de banana, mel silvestre e cookies (R$ 49,00). A decoração rústico-moderna, com mobiliário e revestimentos de madeira e um painel de chapa de contêiner, combina com a trilha sonora, que passeia por deep house, indie-rock, jazz e blues. Aos iniciados no mundo do café, vale experimentar o cold brew (R$ 8,00), resultado de infusão a frio, feito e gaseificado por lá.
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Marchezinho: No burburinho do Baixo Botafogo, a casa foi aberta em janeiro de 2017 voltada para a vocação boêmia da área: só funcionava à noite, servindo “tapas e goles”. Depois, os sócios, um grupo de amigos brasileiros e franceses — o nome é uma corruptela da palavra marché (mercado, em francês) —, ampliaram o horário para oferecer dicas de café da manhã, almoço com pratos do dia e lanche. Mesas são dispostas na área externa, delimitada por vasos de plantas. Ali se vendem produtos artesanais garimpados entre fabricantes locais, um modelo de negócio que, felizmente, vem se espalhando na cidade. O sanduíche de rabada na focaccia (R$ 29,00), ladeado por salada, faz boa figura e agrada ao paladar. Outra dica traz queijo do tipo Saint-Marcellin (de origem francesa), produzido no interior de Minas Gerais, empanado e gratinado sobre pão de fermentação natural (R$ 27,00). A ala doce lista três sugestões fixas, como a musse de chocolate servida com doce de cupuaçu (R$ 14,00).
Sofá Café: Com matriz em São Paulo e uma confortável filial carioca, a marca serve cafés de origem controlada. O expresso (R$ 4,40) ganha variações com mais água quente, o chamado americano (R$ 5,60), com raspas de cítricos (R$ 5,60) e toque de leite (R$ 5,50). Um passeio por formas diversas de beber café, a experiência coffeeaholic (R$ 85,00) apresenta quatro métodos de extração — Hario V60, French Press, Aeropress e Chemex — com o mesmo grão, para ressaltar diferenças de aromas e sabores. O tipo coado é valorizado com blend da casa (R$ 9,20), que mistura os tipos catuaí amarelo e vermelho, ou blend superespecial (R$ 12,00), com variedades da Nicarágua e do Quênia. Para acompanhar o café, a sugestão é uma medialuna, croissant de origem portenha, ou porção de broinhas com manteiga (R$ 7,50 cada opção). O simpático combo café à moda antiga (R$ 14,00) reúne café intenso, leite quente e biscoitos. Entre os bolos (R$ 8,00 a fatia), vale a visita a receita de fubá cremoso. O cardápio elenca ainda saladas, sanduíches, quiches e omeletes para qualquer hora do dia.