COMER & BEBER 2017/2018: Lagoa, Leme e Urca – Bares
Confira a seleção dos melhores endereços dessa região
A edição especial VEJA COMER & BEBER Rio apresenta os melhores bares da cidade. Abaixo, a seleção completa:
- Lagoa
Bar Lagoa: Na preciosa construção art déco, o mármore de Carrara presente no salão foi importado da Itália — transportado por navios que desembarcaram em um cais existente em Ipanema, próximo ao canal do Jardim de Alah. Com tanta história, o antigo Bar Berlim, rebatizado durante a II Guerra Mundial, foi tombado como patrimônio cultural da cidade. O folclórico mau humor dos garçons é coisa do passado, mas o chope Brahma (R$ 7,90 a caldeireta) continua impecável. Em porção de aperitivo, o salsichão, vermelho, branco ou misto, pode ser frito ou cozido (R$ 35,00). Especialidade portuguesa, os bolinhos de bacalhau também fazem sucesso como tira-gosto (R$ 38,00, dez unidades), assim como o espetacular bife à milanesa (R$ 57,00). Na ala principal, o típico kassler defumado, guarnecido de salada de batata e chucrute (R$ 68,00), divide a atenção com o brasileiríssimo filé à oswaldo aranha, preparado como manda o figurino: com batatas portuguesas, farofa e muito alho frito (R$ 79,00).
Palaphita Kitch: É difícil encontrar ambiente melhor para uma noite romântica (só não pode chover). À beira do espelho-d’água da Lagoa, o quiosque tem luz baixa e móveis de formatos variados espalhados a céu aberto. No cardápio, a influência vem do Amazonas, terra natal do proprietário, Mário de Andrade Netto. Caipirinhas são preparadas com frutas do Norte, como cupuaçu, cajá e maracujá do mato (R$ 29,00 cada uma). Combinação especial, o laiha leva uvas verdes com manjericão. Feito de cachaça, vodca, saquê ou uísque nacional, o pedido custa R$ 29,00. Com cachaça especial ou vodca importada, sobe para R$ 33,00. A criatividade se estende aos petiscos. O arrombado na cheia traz queijo camembert recheado de picadinho de peixe de água doce, pimenta-de-cheiro e chips de banana, servido com torradas (R$ 53,00). Outra dica: o janauari é um carpaccio de pirarucu defumado com relish de maçã e tucupi, coroado de folhas crocantes (R$ 55,00). A casa possui uma filial na Gávea com intensa programação de festas e eventos, anunciada nas redes sociais.
- Leme
Bar do David: Ponto de encontro de cariocas e turistas, a casa no alto do morro do Chapéu Mangueira levou 1 voto na categoria Bom e Barato nesta edição do COMER & BEBER. Também foi lembrado pelo júri o saudosa maloca, votado na categoria Melhor Petisco: trata-se de uma porção de bolinhos de milho com queijo recheados de carne-seca, levados à mesa na companhia de molho de azeitonas (R$ 35,90, quatro unidades). O negócio do simpático David Bispo tem outros trunfos — a exemplo do ressurgência, um saboroso vinagrete de frutos do mar com feijão-fradinho (R$ 41,90). Mas o prato que fez a fama do lugar é a feijoada de frutos do mar (R$ 45,90). A receita à base de feijão-branco traz lula, camarão, mexilhão, polvo e peixe guarnecidos de arroz e farofa de alho. Para beber, há cascos sempre gelados de Amstel (R$ 9,50), Eisenbahn, Original (R$ 10,50 cada um), Serramalte ou Heineken (R$ 11,50). Na seção das caipirinhas, a de tangerina com gengibre sai bastante e há quem se aventure pela doce versão de paçoca (R$ 18,00 cada pedido).
Mani BCA: Quando abriu a casa, a chef Ju Reis a batizou como Manifesto BCA (abreviação de Bar e Cozinha Artesanal). Outro estabelecimento com o mesmo nome, em São Paulo, levou-a a cortar mais algumas letras. Feito no momento do pedido, o ceviche de tilápia traz tomatinhos, cebola-roxa, coentro, manga e leite de coco, além de chips de batata (R$ 25,00). Mais fornido, o little belly é um sanduíche de barriga de porco defumada, maionese de alho, mostarda de Dijon, mix de queijos, tomate, cebola, folhas e picles de chuchu (R$ 30,00). O pedido, acompanhado de maionese caseira e batata chips, pode ser servido na baguete ou no pão multigrãos. Na linha dos drinques, aposte no ruby gin tonic, combinação de gim em infusão de frutas vermelhas, água tônica e alecrim (R$ 26,00). Entre as cervejas artesanais, a pedida é a carioca Hocus Pocus Magic Trap (R$ 36,00; 500 mililitros). O espaço do subsolo é animado por programação de shows, teatro e stand-up comedy.
Mundeco: No ponto onde funcionou seu Epifania Oriental, a chef Ju Reis (que comanda o vizinho Mani BCA) abriu, com o empresário Paulo Sardinha, em maio de 2017, o espaço de clima descontraído. Além do pequeno e descolado salão, há um mezanino mais sossegado, com sofás vermelhos e duas mesas, e um espremido subsolo. O cardápio, sem grandes invenções, mistura sabores brasileiros e estrangeiros em dicas para dividir. O guacamole é servido com chips de banana e batatas doce e baroa (R$ 18,00), enquanto o clássico inglês fish n’chips traz gurjões de peixe envoltos em massa de cerveja, batata rústica e molho tártaro caseiro (R$ 35,00). Ainda na toada coletiva, as sangrias chegam em três versões (R$ 65,00 cada uma). A de vinho tinto leva xarope Grenadine (de romã), vodca, morango, tangerina e laranja. Refrescante, o gim do thiago, infusionado em cardamomo, com suco de grapefruit, xarope de gengibre, tônica e alecrim (R$ 26,00), é acertada pedida individual.
+ Os melhores bares da Zona Oeste
Salutem: O simpático misto de loja e bar guarda boa seleção de cervejas especiais em garrafa — além de uma torneira plugada nas novidades que podem ser degustadas por lá mesmo, no mesão comunitário que ocupa todo o salão. Cerca de 250 rótulos se espalham pelas estantes e enchem os freezers. Boa parte das sugestões é nacional, a exemplo da Cacau IPA, parceria da curitibana Bodebrown com a americana Stone Brewing (R$ 30,00, 330 mililitros), e da Simcoe Lover (R$ 52,00, 473 mililitros), double IPA de 8,7% de teor alcoólico da paulista Dogma. Das estrangeiras, destacam-se marcas como a inglesa Fuller’s, a americana Founders e a belga Duvel. Para beliscar entre um gole e outro, a oferta enxuta, mas caprichada, exposta no quadro-negro, vai de pão de alho, macio e bem temperado (R$ 8,00), a tábua de frios, com pastrami, presunto cru e lombinho (R$ 18,00).
- Urca
Bar Urca: No salão do 2º andar se acomodam até setenta pessoas — ao ar livre, na mureta do outro lado da rua, com vista para a baía, uma multidão multiplica a capacidade da casa. Vencedor do COMER & BEBER na categoria Visual do Rio por sete vezes, e votado neste ano na categoria Ambiente, o endereço virou ponto turístico. No espaço fechado, o serviço de restaurante oferece pratos fartos, a exemplo de um dos melhores camarões na moranga da cidade (R$ 212,00). À beira-mar, do outro lado da rua, os presentes bebem cerveja, das marcas Bohemia (R$ 13,00), Serramalte e Original (R$ 14,00 cada uma). Os petiscos são repostos constantemente em razão do rápido giro. Ou seja, dificilmente você comerá pastéis de queijo, carne (R$ 4,50 a unidade), siri e camarão (R$ 5,00) frios. O mesmo acontece com as empadas de massa leve e recheios de carne-seca, queijo, frango, camarão ou palmito (R$ 6,50 cada uma). Em dias frios, prove o bem temperado caldinho de frutos do mar (R$ 21,00): é delicioso.