Cozinhas em série: Marcelo Torres anuncia novos projetos

Em ritmo industrial, o empresário planeja uma guinada no Laguiole e a abertura de mais três casas com cardápios de Ricardo Lapeyre

Por Fábio Codeço Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
16 jan 2018, 19h48
Marcelo Torres: restaurateur vai abrir mais três novas casas  (Tomas Rangel/Divulgação)
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De volta ao comando do Laguiole desde o mês passado, o chef Ricardo Lapeyre, que estava dirigindo a cozinha do Hippopotamus, se prepara para operar uma guinada no serviço da casa que o notabilizou. Passado o Carnaval, o restaurante no MAM, que tem uma estrela no Guia Michelin, abandona o sistema à la carte e passa a cobrar um preço fixo (a princípio, R$ 124,00) que permitirá ao comensal desfrutar de um banquete. “Vamos trazer o catering para dentro do salão e transformar a experiência do comensal numa festa”, anima-se Marcelo Torres, sócio da casa. “Garçons vão circular com canapés, o Ricardo virá da cozinha oferecendo provas de um prato que acabou de preparar…” Mas, se preferir, o cliente também poderá optar por uma das sugestões do cardápio, que resgatará antigos clássicos do restaurante, fundado em 1997 no Centro e transferido dez anos depois para o atual endereço.

Mas as mudanças no Laguiole são apenas um aperitivo dentro do festival de novidades que o restaurateur prepara para os próximos meses. Torres, que além do contemporâneo comanda outros quatro restaurantes (duas unidades do Giuseppe Grill, o italiano Giuseppe e o asiático Xian, aberto há poucos meses), deve inaugurar mais três empreendimentos até abril. Todos com a assinatura de Lapeyre nos cardápios. Ainda em janeiro, a dupla deverá cortar a faixa do Giuseppe Mar, versão revisada e ampliada do negócio que funcionou, sem muita expressão, no Complexo Lagoon. Numa nova área no segundo piso do shopping VillageMall, o restaurateur está montando um salão que lembrará uma casa de pescador. “Vamos valorizar o litoral carioca, oferecendo uma cozinha de peixes autoral, mas também uma ótima moqueca, um delicioso bobó de camarão. Nada de mediterrâneo, será um restaurante brasileiro de frutos do mar. O melhor do Rio”, afirma, sem falsa modéstia.

A poucos metros ficará o arrojado Nolita, casa que terá múltipla personalidade e deverá ser inaugurada em fevereiro. O conceito está sendo pensado em cima de contrastes. Do lado de fora, um café e bar de ambiente mais despojado ostentará uma máquina Venus Espresso da marca italiana Victoria Arduina, uma obra de arte produzida em edição limitada – são somente cem unidades, a primeira presenteada ao papa Bento XVI – que custa cerca de 20 mil euros. Na parte interna, o destaque serão os preparos no forno, charcutaria de primeira linha e pratos mais consistentes. “Será um italiano cosmopolita, que poderia estar em Nova York. Ou uma casa novaiorquina que poderia estar em Roma”, brinca. Tem mais: lá para abril, enfim, deverá sair do papel o projeto a céu aberto que, há tempos, o restaurateur planeja para o Mirante do Pasmado. Batizado de Mila, será o que ele vem chamando de “a mureta do Bar Urca no alto do morro”. Torres não para. E o Rio agradece.

 

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