Dona Henriqueta atravessa a ponte: conheça a tasca luso-carioca do Leblon
O cardápio e o ambiente do primeiro restaurante do chef Alexandre Henriques na Zona Sul, homenagem à matriarca portuguesa da Gruta de Santo Antônio
Por trás do sorriso carinhoso de dona Henriqueta Henriques, de 83 anos, há uma história que daria um filme de amor com prólogo na região portuguesa da Estremadura, e as saudades da pátria mãe transformadas num restaurante que uniu a família e fez história na Ponta da Areia, em Niterói. Falamos da Gruta de Santo Antônio, que decolou nas mãos do chef Alexandre Henriques, crescido entre a cozinha e o salão. Ele está prestes a inaugurar sua empreitada mais importante, com data marcada para o fim de abril, no Leblon, e o nome da matriarca na fachada que anuncia uma “tasca luso-carioca“. O Henriqueta busca a informalidade em ambiente e serviço e terá cardápio composto basicamente de entradas e petiscos, sequência destacada de embutidos e sobremesas lusitanas.
“É sobre uma homenagem a minha mãe que me ensinou cozinhar. Comecei no restaurante dos meus pais aos 15 anos, e chegar no Rio, e no Leblon aos 50 é um grande sonho, reflexo de uma maturidade pessoal e profissional”, diz Alexandre.
+ Petisco em homenagem ao ator Paulo Gustavo emociona na internet
No ambiente arejado e aberto para a calçada no número 121 da Rua Aristides Espínola, quase esquina com a Dias Ferreira, o chef buscará uma culinária que visita regiões como os Açores e a Ilha da Madeira.
Tira-gostos como rissoles de camarão e um bolovo de alheira farão companhia a sanduíches como as bifanas e o prego de atum, feito em pão de casca fina, com o filé do peixe grelhado e mal passado, e um aioli de mostarda de Dijon. A aposta da casa é grande também nos embutidos servidos em tábuas, como farinheira, morcela e salpicão.
+ Claude Troisgros lança delivery de comida italiana
São sabores lusitanos que giram em torno de pratos principais como o Bacalhau da Henriqueta, receita do chef em homenagem à mãe que consiste no peixe dessalgado e confitado no azeite, com maionese de bacalhau e farofa de brioche, ladeado por batatas ao murro, geleia de pimentão e cebola. O polvo à lagareira e o arroz de pato também estão na lista, e os vinhos que sobem pelas paredes em belas estantes têm a curadoria do sommelier Marcos Lima, que destaca os portugueses na carta.
+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui
Na série de doçuras está o algarvio, um rocambole de laranja com amêndoas típico do Algarve, região ensolarada e de praias bonitas ao sul de Portugal. Ou, seria, com licença poética, no coração do Leblon?