Covid: vacina da UFRJ terá início dos testes em humanos até o fim do ano

Aprovação da próxima fase de estudos deve ser solicitada ainda em agosto. Imunizante usa tecnologia adaptável para o combate às variantes do coronavírus

Por Luiza Maia
5 ago 2021, 13h31
Foto mostra cientista usando pipeta e frasco em laboratório
UFRJvac: imunizante é produzido a partir de proteína recombinante (Pixabay/Reprodução)
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Em meio às fases finais dos estudos em animais, a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) deve ser testada em humanos até o fim do ano. Antes de avançar para a próxima etapa, os pesquisadores deverão escolher qual ou quais variantes do coronavírus vão orientar a versão final do imunizante.

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De acordo com a coordenadora da pesquisa, a professora Leda Castilho, a técnica utilizada para a produção da vacina permite a adaptação para combater as diferentes cepas. “Temos continuamente atualizado a UFRJVac para obter versões para diversas variantes, sendo que várias já estão prontas”, afirma a cientista.

A produção da vacina ocorre a partir de uma cópia da proteína Spike, que recobre a superfície do vírus SARs-COV-2. O nome dessa réplica é proteína recombinante. Como a proteína S está presente em todas as variantes, com suas respectivas mutações, é possível usá-la como uma mesma base para todas.

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O uso da proteína recombinante é uma técnica também utilizada na fabricação de diferentes vacinas, a exemplo dos imunizantes contra a hepatite B, o HPV e a gripe.

Ao longo dos testes com camundongos nesta primeira fase dos estudos, iniciada no ano passado, os cientistas já verificaram a eficácia da vacina contra as variantes brasileiras P.1 e P.2 e a Beta, surgida na África do Sul. As pesquisas com a variante Delta, que pode de se tornar predominante no Rio, ainda serão realizados.

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Segundo Leda Castilho, o envio do dossiê à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aprovação das primeiras fases dos testes em humanos deve ocorrer ainda em agosto. O pedido foi confirmado na última terça (3) pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante uma coletiva de imprensa no Rio.

 

 

 

 

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