Reaberto há pouco, Museu do Pontal tem programação intensa para crianças

Nos fins de semana, o espaço oferece espetáculos, contação de histórias e oficinas para os pequenos

Por Kamille Viola
Atualizado em 14 out 2021, 20h40 - Publicado em 14 out 2021, 20h29
À esquerda, uma mulher negra de cabelos pretos cacheados com blusa e saia amarelas, sorrindo. Ao seu lado, também sorrindo, um homem branco com cabelo ondulado castanho, preso em um coque. sentado, vestindo bata azul-clara e calça com listras verticais azul-escuras e pretas. Os dois estão sentados sobre uma canga de fundo amarelo com flores azuis e brancas e detalhes vermelhos. À frente dele, instrumentos: um xequerê, duas kalimba e duas baquetas. 
Programação: Tatiana Henrique e Herbert Said fazem contação de histórias no museu (Pedro Bonfim/Divulgação)
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Reaberto ao público em nova sede no último dia 9, o Museu do Pontal tem diversas atividades dedicadas aos pequenos este mês. Está em cartaz um conjunto de seis exposições intitulado Novos Ares: Pontal Reinventado, sendo uma delas de longa duração e as demais temporárias. Os visitantes também podem pegar emprestados os brinquedos para se divertir ao ar livre no local. Nos fins de semana, a programação, com coordenação da arte-educadora Cecília Einsfeld, traz espetáculos de teatro de mamulengos, palhaços, contação de histórias e oficinas.

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“O público está encantado. O novo espaço está sendo abraçado pelos visitantes. Podemos dizer que a nova sede está produzindo momentos de grande alegria coletiva”, contou a Veja Rio a diretora artística do museu, Angela Mascelani.

Neste sábado (16), às 10h30 e às 16h30, acontece a Visita Musicada pela Arte e Cultura Popular Brasileira, com os arte-educadores Beatriz Bessa e Pedro Cavalcante. Com cerca de 1h30, as visitas são adaptadas a diferentes faixas etárias, e utilizam diferentes instrumentos musicais de ritmos tipicamente brasileiros, como samba, forró, coco, jongo, maracatu, ciranda e capoeira, entre outros. Linguagens como o teatro de bonecos, o cordel, a contação de histórias, desafios, trovas e versos são também utilizadas.

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Já às 14h acontece a Oficina Fazer Brinquedos, com Getúlio Damado, artista de Santa Teresa famoso pela criação de obras com sucata, como miniaturas do bondinho. Os participantes vão aprender a fazer esculturas com diversos materiais de sucata, como plástico, papel, madeira, eletrônicos e metal. Para crianças a partir de oito anos.

Às 15h, é a vez da Oficina de Danças Populares, com Mestre Feinho, Ciça e Ana Carimbó. O tema vai ser o coco de roda, dança e ritmo típico do Nordeste, e vão ser abordados seus elementos de canto, dança e percussão, e sua história, além de acontecer uma vivência.

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No domingo (17), a Visita Musicada pela Arte e Cultura Popular Brasileira acontece novamente, nos mesmos horários, assim como a Oficina Fazer Brinquedos. Às 15h, é a vez da contação de histórias com Tatiana Henrique e Herbert Said. Os dois vão apresentar ao público a história A Menina e a Figueira.

As inscrições são gratuitas, feitas na recepção, e, nas atividades com capacidade limitada, o critério é a ordem de chegada.

O conjunto das exposições inaugurais Novos Ares: Pontal Reinventado inclui seis mostras que reúnem 700 conjuntos de obras, com um total de cerca de duas mil peças. O público poderá assistir a vídeos com depoimentos de personalidades como Gilberto Gil, Dona Isabel, Ailton Krenak e José Saramago.

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O espaço também conta com o Baú de Brinquedos Populares, que empresta ioiôs, bilboquês, petecas, piões, fantoches, elásticos e cordas para pular, giz para riscar amarelinha e bambolês, para que as crianças brinquem na Praça-Jardim do museu. As brincadeiras dialogam com as exposições, sobretudo no setor Brincares – Brincadeiras e Brincantes, e a ideia é que o público possa experimentá-las ao ar livre.

Fundado em 1976 pelo artista e designer francês Jacques Van de Beuque, o Museu do Pontal tem mais mais de nove mil obras de 300 artistas, o maior acervo do gênero. Já foi visitado por mais de 2 milhões de pessoas e realizou 70 exposições parciais do acervo, no Brasil e em 15 países. Depois de sofrer com dois grandes alagamentos, em 2010 e em 2019, e complicações nas obras do novo terreno, iniciadas em 2015, ele reabriu no último sábado (9).

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Em um terreno com 14 mil metros quadrados, dos quais 10 mil são de área verde, o espaço foi projetado pelos Arquitetos Associados, responsáveis por galerias de Inhotim, de forma que apenas 30% do prédio precise de ar-condicionado, entre outras medidas de sustentabilidade, como rega dos jardins com água de reuso. O paisagismo é assinado pelo Escritório Burle Marx.

Av. Celia Ribeiro da Silva Mendes, 3.300, Barra da Tijuca. Qui. a dom., 9h30/18h. Grátis, com contribuição voluntária. (É exigido comprovante de vacinação contra a Covid-19, impresso ou digital).

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