Chez Claude

Resenha por Pedro Landim

Passear por cozinhas do mundo inteiro com criatividade e afeto, mantendo a base técnica francesa e uma assinatura própria que perpassa menus em constante movimento, não é tarefa fácil. Mas Claude Troisgros a desempenha com louvor. À frente de negócios com propostas distintas, o poderoso chefão fez do Chez Claude seu templo da gastronomia, colocando à prova especialidades, algumas nascidas no antigo Olympe, e novidades a toda hora, criadas em parceria com a talentosa Jessica Trindade. No primeiro capítulo, constam clássicos autorais como o ovo e caviar (R$ 76,00), o steak tartare com corn flakes (R$ 64,00), o ravióli de baroa (R$ 62,00), além do famoso peixe com banana (R$ 148,00), adaptado de uma receita de sua avó.

A seção reservada às últimas criações envereda por uma estrada que vai dar no mar, com eventuais acentos nordestinos e coragem para voltar no tempo e servir sua obra-prima no “papillote” — uma aula na construção de sabor em que frutos do mar têm os sucos absorvidos pela massa fregola, com leve molho velouté e toque de aïoli de dendê no envelope que vai ao forno (R$ 96,00).

Na cozinha aberta e situada no meio do salão, a equipe prepara outras recém-chegadas opções, como as lulas recheadas com siri catado e massa gnocchetti sarda (R$ 92,00) e uma versão indefectível de ostras que agora levam por cima raspas de melancia marinada e congelada (R$ 58,00, quatro unidades). Parfait, chef.

Preços checados em outubro de 2023.

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