Cachorros ganham aplicativo de paquera no estilo Tinder
App que localiza pessoas para azaração através do GPS ganha versão para animais que já reúne mais de 2 500 usuários
A cachorrinha tem telefone? Não, mas o dono tem – e, graças a ele, Nina encontrou o Amor (neste caso, com letra maiúscula mesmo). O casal de cãezinhos da raça yorkshire se conheceu através do DogsApp, aplicativo desenvolvido por três cariocas. Trata-se de uma versão canina do Tinder, sucesso entre homens e mulheres em busca de azaração. Funciona da mesma forma: com o GPS ligado, os usuários cadastrados (gratuitamente) podem ver o perfil dos cães, com sua descrição, até certo raio de distância (veja o quadro ao lado). Se o pretendente agradar, é só clicar no ícone de coração. Caso o interesse seja correspondido, os donos dos animais são notificados com um sonoro latido e começa o bate-papo privado. Aí, como no Tinder, pode-se marcar um encontro para algo mais. No caso de Nina, a brincadeira resultou em cinco filhotes com Amor. “Meu ‘filho’ é o garanhão do aplicativo. Tenho recusado cachorrinhas que querem engravidar, para dar um descanso a ele. Agora, só amizade”, diverte-se a aposentada Rosângela Teixeira, “mãe” do cãozinho.
+ Points pet-friendly: bares, shoppings e outros lugares onde animais são permitidos na cidade
Criado inicialmente para cachorros, o programa passou a receber inscrições de outros animais. Já há gatos, pássaros e até tartarugas cadastrados, totalizando mais de 2 500 perfis desde setembro, quando o aplicativo foi lançado. “A ideia, acima de tudo, é conectar pessoas com uma paixão em comum. Acasalar é consequência”, explica Henrique Freitas, um dos criadores da ferramenta, que, segundo ele, tem nos cariocas os campeões de interação. O aplicativo segue o modelo de outros já disponíveis no mercado, como o americano Bark Buddy e os brasileiros DogDate e MyDoggy, os três para iOS. Por enquanto, o DogsApp só roda na plataforma Android. A boa acolhida dessa novidade digital tem a ver não só com o afeto que une bichos de estimação e seus donos, mas também com finanças. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação, o mercado pet faturou 8,2% a mais no último ano em relação a 2013 e representa 0,34% do PIB brasileiro. Hoje já se vendem mais ossinhos e bolinhas do que geladeiras e freezers.