Amilcar de Castro tem obras exibidas no MAM
Mostra do artista mineiro reúne dezenas de esculturas em aço feitas com a técnica que o notabilizou
AVALIAÇÃO ✪✪✪
A visita à retrospectiva em cartaz no MAM revela uma mente obstinada. Na linha de Jackson Pollock e suas famosas action paintings, ou de Piet Mondrian e suas reconhecíveis telas cheias de quadriláteros coloridos, o mineiro de Paraisópolis Amilcar de Castro (1920-2002) se dedicou, em grande parte de suas esculturas, a explorar a fundo as possibilidades de um método: em vez de acrescentar ou retirar matéria da obra, partia de uma única chapa de aço corten, que cortava e dobrava para criar um intrigante objeto tridimensional, capaz de conjugar a rigidez do material e a leveza da forma. A reiteração da técnica, porém, não esvazia de virtudes próprias cada um dos trabalhos, dezenas deles nos mais diversos tamanhos, que se espalham pela exposição. Quatro chamam especial atenção, por razões óbvias: em grandes dimensões (o maior tem 4 metros de altura), ocupam os pilotis do MAM, promovendo um diálogo interessante com as colunas do edifício projetado por Affonso Reidy. Em menor número, esculturas de mármore, granito, madeira e vidro, além de pinturas, completam a mostra.
Museu de Arte Moderna. Avenida Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo, ☎ 3883-5600. → Terça a sexta, 12h às 18h; sábado e domingo, 12h às 19h. R$ 14,00. A bilheteria fecha meia hora antes. Pessoas com mais de 60 anos pagam R$ 6,00. Grátis para amigos do MAM, menores de 12 anos e, na quarta, a partir das 15h, para todos. Aos domingos vigora o ingresso-família: pagam-se R$ 14,00 por grupo de até cinco pessoas. Estac. (R$ 5,00 para visitantesdo museu). Até 8 de fevereiro de 2015.
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