MAR propõe conexões entre Guignard e o Oriente
Pontos de contato com o barroco brasileiro também são sugeridos na mostra
AVALIAÇÃO ✪✪✪
Desde a sua inauguração, o MAR tem investido em mostras que estabelecem diálogos. Em Guignard e o Oriente, entre o Rio e Minas, a ideia é revelar conexões entre Alberto da Veiga Guignard (1896-1962), com mais de 100 obras apresentadas, e duas vertentes estéticas:as xilogravuras orientais e a tradição do barroco brasileiro, exibidas lado a lado com as criações do artista. No primeiro caso, as afinidades se revelam na subversão da perspectiva, como no óleo sobre madeira Noite de São João (1961). Além da presença de antigas gravuras japonesas, a “conversa” se estabelece na exposição de obras com evocações orientais, mas feitas por artistas de outras nacionalidades, como Adriana Varejão. Do outro lado, representações de imagens sacras feitas por Guignard aproximam-se de esculturas barrocas. Um ou outro trabalho pode soar deslocado, sem, no entanto, desvirtuar o conceito original nem prejudicar o prazer da visita.
Museu de Arte do Rio. Praça Mauá, s/nº, Zona Portuária, ☎ 3031-2741. → Terça, 10h às 19h; quarta a domingo,10h às 17h. R$ 8,00. Grátis às terças. Meia-entradapara estudantes de escolas particulares e universitários.De quarta a domingo, grátis para alunos e professoresda rede pública, crianças de até 5 anos e pessoas commais de 60 anos. Até 26 de abril de 2015.
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