Cinco programas imperdíveis para o fim de semana

Confira a seleção especial de VEJA RIO para deixar seu fim de semana ainda mais animado

Por Redação VEJA RIO
Atualizado em 2 jun 2017, 12h48 - Publicado em 15 jan 2015, 10h00
La Roux
La Roux (Simon Procter/)
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1 – Curtir as atrações do MECAFestival

 

Rock in Rio, Lollapalooza e outros festivais de música, não importa o gênero no palco, têm em comum as multidões na plateia. A programaçãode indie rock, synthpop e música eletrônica, que chega à quinta ediçãono domingo (18), na Estação Leopoldina, não pretende chegar a tanto: é definida de forma gaiata pela produção como o “maior menor festival de música do mundo”. As atrações da vez, nascidas todas no efervescente cenário musical britânico, são de peso e prometem botar todos para dançar. Caberá ao trio Years & Years a abertura dos trabalhos. Na sequência, quem sobe ao palco é o Citizens!, único nome que já tocou antes no Brasil. Após o sucesso do show na edição de 2013 do festival, o quinteto liderado por Tom Burke relembra músicas como Reptile e Caroline. 

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São cercadas de maior expectativa as duas últimas apresentações do dia. O duo AlunaGeorge, da cantora de voz doce Aluna Francis e do produtor George Reid, que raramente deixa o estúdio, mostra no Rio, ao vivo, os hits Attracting Flies e Your Drums, Your Love. Mas a pista vai ferver mesmo quando a charmosa Elly Jackson entrar em cena. Dona de timbre marcante e penteados singulares como sua música, a cara e voz do La Roux, que nasceu como um duo, vai mesclar canções de Troublein Paradise, lançado no ano passado, com os sucessosIn for the Kill e Bulletproof.

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Estação Leopoldina. Avenida Francisco Bicalho, s/nº, Centro. Domingo (18), a partir das 17h. R$ 290,00 (2º lote). Desconto de 50% mediante a doação de 1 quilo de alimento não perecível ou um agasalho.

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2 – Pegar um cineminha com Whiplash – Em Busca da Perfeição

 

Andrew Neiman (Miles Teller) tem 19 anos e estuda bateria em um prestigiado conservatório musical de Nova York. Seu talento ganha o reconhecimento do professor Terrence Fletcher (J.K. Simmons). Andrew, então, passa a integrar a banda de jazz do mestre. Começa apenas virando as páginas das partituras do baterista titular, mas logo assume as baquetas. A partir daí, sua vida transforma-se num cotidiano cheio de som e fúria. Perfeccionista, o instrutor procura um gênio à altura de Charlie Parker. Se o professor se mostra um carrasco irascível, o aluno parece ter prazer com a extrema rigidez. Assim como o jovem protagonista, o diretor Damien Chazelle, prestes a completar 30 anos, tem uma fabulosa capacidade de entrega para o trabalho. Enxuto na duração e tenso em seu desenrolar, seu segundo longa pulsa no ritmo da história — a excepcional montagem colabora para deixar o resultado mais azeitado. No Globo de Ouro, realizado no último dia 11, J.K. Simmons levou a estatueta de melhor ator coadjuvante, a única indicação do filme. Tomara que o Oscar reconheça melhor seu valor. Direção: Damien Chazelle (Whiplash, EUA, 2014, 107min). 12 anos. Estreou em 8/1/2015.

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3 – Apreciar as obras de João Pina no MAM

João Pina
João Pina ()
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Fruto de uma pesquisa de quase dez anos sobre a Operação Condor, aliança entre vários regimes militares que oprimiram países latino-americanos nos anos 70, a individual do fotógrafo português João Pina traz um aspecto curioso: boa parte das mais de 100 belas fotografias é carregada de valor estético intrínseco, à parte sua relação com o doloroso tema. Assim, é possível contemplar uma desoladora paisagem do Rio da Prata antes de saber que um número indeterminado de pessoas foi jogado lá de aviões, ainda com vida, por militares argentinos. Alentadas legendas informam sobre essas e outras histórias tétricas por trás das imagens — caso do chão da entrada do Londres 38, centro clandestino de detenção em Santiago, no Chile, que seus poucos prisioneiros sobreviventes só puderam reconhecer pelos azulejos brancos e pretos do piso, a única coisa que podiam ver quando entravam vendados. Também presente no acervo, uma série de lindos retratos de pessoas afetadas de alguma forma pelo autoritarismo dos regimes militares transmite um misto de tristeza e esperança.

Museu de Arte Moderna. Avenida Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo, ☎ 3883-5600. → Terça a sexta, 12h às 18h; sábado e domingo, 12h às 19h. R$ 14,00. A bilheteria fecha meia hora antes. Pessoas com mais de 60 anos pagam R$ 6,00. Grátis para amigos do MAM, menores de 12 anos e, na quarta, a partir das 15h, para todos. Aos domingos vigora o ingresso-família: pagam-se R$ 14,00 por grupo de até cinco pessoas. Estac. (R$ 5,00 para visitantes do museu). Até 22 de fevereiro.

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4 – Assistir à peça Selfie, com Mateus Solano e Mifguel Thiré

Selfie
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Mesmo para os padrões de um mundo hiperconectado como o de hoje, a relação de Cláudio (Mateus Solano) com a tecnologia é um exagero: sua vida parece estar armazenada em computadores, redes sociais e nuvens. Tal é sua obsessão que o rapaz trabalha arduamente no desenvolvimento de um sistema único para guardar todas as informações sobre si mesmo. Uma pane, no entanto, apaga irremediavelmente os seus dados, da agenda de contatos aos perfis on-line. Sua dependência de uma memória virtual, então, se revela de maneira drástica. Desprovido de lembranças reais, Cláudio se torna um homem sem passado. A partir desse argumento, a comédia de Daniela Ocampo estimula ponderações cada vez mais pertinentes a respeito da influência da tecnologia sobre as relações humanas — com o outro ou consigo mesmo. Para um espetáculo sobre tecnologia, chama atenção a orientação altamente teatralizada, um estímulo à imaginação do público. À exceção de dois bancos e do adorno provido pela luz de Felipe Lourenço, o palco nu recebe Solano e Miguel Thiré (este se desdobrando em onze figuras que cruzam a vida do protagonista) vestindo figurinos neutros e idênticos. Sob direção inventiva de Marcos Caruso, a dupla sugere objetos de cena através de mímicas e sonoplastias, em um intenso trabalho de corpo. Mais do que um campo fértil para o jogo entre os atores, tal despojamento insinua a substituição das lembranças físicas (fotos e cartas, por exemplo) por arquivos virtuais e invisíveis. Figura naturalmente catalisadora em cena, Solano confirma seu reconhecido talento e encontra na versatilidade de Thiré um impagável contraponto (70min). 14 anos. Reestreou em 2/1/2015.

Teatro Miguel Falabella (456 lugares). Avenida Dom Helder Câmara, 5332 (NorteShopping), 2º piso, Cachambi, ☎ 2597-4452. → Quinta a sábado, 21h; domingo, 20h. R$ 60,00 (qui. e sex.) e R$ 70,00 (sáb. e dom.). Bilheteria: a partir das 15h (qui. a dom.). IC. Até o dia 25.

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5 – Conhecer o The Hellish Pub, novo bar na Praça da Bandeira

The Hellish Pub
The Hellish Pub ()
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Em dezembro, o polo etílico e gastronômico da Praça da Bandeira, povoado por Aconchego Carioca, Botto Bar e Bar da Frente, entre outros, ganhou um novo representante. Lugares no balcão ou em torno das mesas aguardam quem aparece para explorar o cardápio de inspiração americana — com nomes em inglês, inclusive. São oito os burgers listados. O angel of death (R$ 34,90) trouxe carne no ponto certo, cheddar, cebolas carameladas e saborosa maionese de pimenta defumada em curioso pão kuru, de cor preta. Anéis crocantes de cebola ou nacos de batata rústica completam o pedido. Para beber, escolha entre os três chopes disponíveis (que variam a cada dia) e um dos 120 rótulos da carta de cervejas. Amarga na medida, a paranaense SucurIPA (R$ 24,90; 500 mililitros) caiu bem. Curiosidade: como no programa de TV Man vs Food, o pub propõe um desafio. Quem devorar em dez minutos doze asas de frango (R$ 49,90) cobertas pelo molho da casa, feito com um mix de oito pimentas, ganha uma camisa e um voucher de R$ 100,00. Provamos o molho, então é bom avisar: a brincadeira é para os fortes.

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Rua Barão de Iguatemi, 292, Praça da Bandeira,☎ 3988-8066 (86 lugares). 18h/1h (sex. e sáb. até as 2h; dom. 17h/22h; fecha seg.). Cc: todos. Cd: todos. Aberto em 2014.

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