Girl Power: individual de Agrade Camíz e mais mostras de mulheres em cartaz
Exposições de artistas femininas se espalham pelo Rio: no Paço Imperial, Centro Cultural Correios. Museu do Pontal, Casa Museu Eva Klabin e outros espaços
Centro Cultural Justiça Federal
Duas exposições artistas mulheres estão em cartaz no espaço atualmente. Boas Práticas Em Domesticação, primeira individual da goiana Sylvana Lobo no Rio, apresenta 13 pinturas que abordam o controle de mulheres e animais no interior do Goiás rural do século passado. Amarelos: Emergências e Afetos, da paulistana Manu Alves, propõe diálogos entre dois contrapontos, a nostalgia da roça e a crítica ambiental, utilizando diferentes suportes, como pintura, instalação, desenho e fotografia.
Avenida Rio Branco, 241, Centro. Ter. a dom., 11h/19h. Grátis. Até 13 de agosto.
Desculpe Atrapalhar o Silêncio de Sua Viagem
Gaúcha radicada em Recife, Lia Letícia apresenta a sua primeira mostra individual no Rio, na qual busca representar corpos invisibilizados ou excluídos da história oficial da arte. O título da exposição faz referência a uma frase usada por ambulantes nos transportes públicos das grandes cidades do Brasil e, em sua obra, e mostra a busca da artista por tensionar as desigualdades ao mesmo tempo que propõe diálogos com figuras como camelôs e artistas de rua para criar intervenções e propostas.
Centro Cultural Hélio Oiticica. Rua Luís de Camões, 68, Centro. Seg. a sáb., 10h/18h. Grátis. Até 26 de agosto.
Ladainha
Em sua primeira individual, Mery Horta expõe trabalhos trabalhos que abordam a ancestralidade afro-brasileira por meio das das memórias de sua família materna. São 15 obras, em diferentes suportes como fotografias, objetos e pinturas, além de performances.
Caixa Cultural Rio de Janeiro. Rua do Passeio, 38, Centro. Ter. a sáb., 10h/20h. Dom. e fer., 10h/19h. Grátis. Até 6 de agosto.
Mulheres à Beira de Um Ataque de Artes
Buscando promover uma reflexão sobre a falta de diversidade nas artes e a igualdade de gênero, a coletiva reúne trabalhos de mais de 30 mulheres, entre pinturas, esculturas, fotografias, videoarte, instalações e performances. A moçambicana Bertina Lopes (1924 -2012) e as brasileiras Aline Mac Cord, Magda Rehder, Maria Eduarda Boabaid e Taia Aguiar são algumas dos artistas com obras na mostra.
Centro Cultural Correios. Rua Visconde de Itaboraí, 20, Centro. Ter. a sáb., 12h/19h. Grátis. Até 19 de agosto.
Roxinha: Uma Vida de Novela
A artista tem despontado como um nome de destaque na arte popular de Alagoas. Na mostra, estão reunidas 70 pinturas de Maria José Lisboa da Cruz, a Roxinha. Sua obra Suas obra, bem-humorada, fala de suas vivências cotidianas, na beira do rio São Francisco, nas quais se incluem seu fascínio pela televisão, pelas novelas e pelas mudanças dos costumes. Seus trabalhos são feitos em suportes variados, como pedaços de MDF e até um aparelho de TV. Além das pinturas, a exposição inclui um filme sobre a vida da artista.
Museu do Pontal. Avenida Celia Ribeiro da Silva Mendes, 3.300, Barra. Qui. a dom., 10h/18h (última entrada para as exposições às 17h30). Grátis ou contribuição voluntária. Ingressos pelo Sympla. Até 6 de agosto.
Última Forma
Em sua nova individual, a artista Agrade Camíz apresenta trabalhos em pintura, videoarte e instalação integrados por sua experiência, em suas relações com as favelas da Zona Norte do Rio, com os bairros do subúrbio e com as trocas com grandes cidades brasileiras. Em obras como Padrão Sobre Corpo e as da série Após a Curva Vire à Esquerda, ela faz intervenções sobre fotografias com fita isolante, usada pelas mulheres periféricas para emular a marquinha do biquíni, e pinturas como as das grandes das portas e janelas das casas do subúrbio carioca.
A Gentil Carioca. Rua Gonçalves Lédo, 11/17, sobrado, Centro. Ter a sex., 12h/18h. Sáb., 12h/16h. Grátis.
Paço Imperial
O espaço reúne três mostras de mulheres atualmente. Território da Memória, de Wilma Martins (1934-2022), primeira exposição póstuma da artista, traça um panorama da obra da artista, com gravuras, pinturas, desenhos e cadernos. Aparência, de Vitória Taborda, apresenta 141 obras inéditas da artista, integrante da Geração 80. São trabalhos nos quais ela reconfigura esteticamente elementos existentes na natureza. Fio-Ação, de Mariana Guimarães, reúne cerca de 300 criações da recentes da artista, cuja poética tem como elementos condutores o fio, o bordar e o tecer.
Praça Quinze de Novembro 48, Centro. Ter a dom, das 12h às 18h. Grátis. Até 20 de agosto. Fio-Ação: Até 23 de agosto.
Ustão
Resultado do programa de residência artística Éden, parceria com o Instituto Inclusartiz, a mostra da carioca Ayla Tavares traz obras inéditas criadas por ela a partir de um mergulho no acervo da Casa Museu Eva Klabin, resultado de oito décadas de formação da coleção. São desenhos dez e vinte esculturas de cerâmica que usam velas para evocar rituais ancestrais — o título da mostra faz referência ao ato de queimar.
Casa Museu Eva Klabin. Av. Epitácio Pessoa 2.480, Lagoa. Qua. a dom., 14h/18h. Grátis. Até domingo (23).
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