A boemia renasce: famoso pela música, Bip Bip planeja volta da programação

Com avanço da vacinação e diminuição dos casos de covid, bar estuda o retorno de suas concorridas rodas de samba, choro e bossa nova

Por Kamille Viola
18 out 2021, 20h28
Roda de samba em torno das mesas do bar Bip Bip
Bip Bip: samba em homenagem ao bar e seu dono, Alfredinho (Eduardo Sarmento/Divulgação)
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Uma ótima notícia para os boêmios e amantes da boa música: fechado desde março de 2020, o Bip Bip, em Copacabana, planeja o retorno de suas atividades. “Se o bar não fechou de vez com a morte do Alfredinho, não será uma pandemia que fará isso”, contou o músico Tiago Prata, o Pratinha, ao jornal O Globo.

Mesmo com o espaço fechado, a tradição musical continuou durante a pandemia: foram mais de 700 horas de lives no Instagram do bar. Comandada por Pratinha, a que marcou um ano da morte Aldir Blanc, em 4 de maio deste ano, teve mais de 16 horas ininterruptas.

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Tombado como Patrimônio Cultural Carioca em 2012, o Bip Bip foi aberto em 13 de dezembro 1968, dia em que foi assinado o AI-5, decretado pela ditadura militar. O nome foi uma homenagem ao primeiro satélite artificial russo, o Sputnik, lançado em 1957, por conta do som que ele emitia.

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Com apenas 18 metros quadrados, o Bip Bip ficou conhecido pela personalidade de seu dono, Alfredo Jacinto Melo, o lendário Alfredinho, que assumiu a casa em 1984 e morreu em 3 de março de 2019. O bar é bastante simples: nunca teve garçons. A cerveja é pega diretamente pelo cliente no freezer e os salgados são aquecidos no microondas. Depois, Alfredinho anotava o que cada um havia consumido.

A programação musical, no entanto, fez história. Beth Carvalho, Paulinho da Viola e Moacyr Luz foram alguns nomes que se apresentaram lá. Com a morte de Alfredinho, amigos e funcionários decidiram, com a aprovação da família do antigo dono, retomar as atividades do lugar.

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