Blocos de rua homenageiam compositores anônimos em série de vídeos

Projeto Do Leme à Praça Mauá — Histórias e Músicas do Carnaval Carioca convida membros de cortejos tradicionais a relembrar enredos e curiosidades

Por Marcela Capobianco
Atualizado em 11 fev 2021, 16h18 - Publicado em 11 fev 2021, 13h45
Pernaltas fantasiados no desfile do Escravos da Mauá
Escravos da Mauá: bloco anunciou o fim de suas atividades - (Antonio Carlos Ribeiro/Divulgação)
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Num Carnaval que não vai poder acontecer da forma tradicional, com muita aglomeração e calor nas ruas, alguns blocos migraram para a internet, já outros largaram – pelo menos por um tempo – os instrumentos e mergulharam na história da folia.

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É o que aconteceu com o Escravos da Mauá e o Meu Bem Volto Já, que lançam em conjunto, nesta sexta (12), o projeto Do Leme à Praça Mauá — Histórias e Músicas do Carnaval Carioca.

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A série de vídeos, que será disponibilizada no YouTube, escava ‘causos’ de sambas e compositores que marcaram a folia carioca dos anos 90 até 2020.

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Serão doze programas, com duração de sete a dez minutos cada, roteirizados e dirigidos pelo ator e dramaturgo Pedro Monteiro. O primeiro deles será disponibilizado às 19h desta sexta (12). Os demais vídeos sairão às terças, quintas e sábados, até 11 de março.

A ideia é homenagear os blocos que desfilam com sambas autorais e os seus compositores, que têm um olhar crítico sobre o cotidiano da cidade. Entre os cortejos celebrados na série estão Carmelitas, Prata Preta, Nem Muda Nem Sai de Cima, Bloco de Segunda, Imprensa que Eu Gamo, Que Merda é Essa? Barbas e Simpatia É Quase Amor, por exemplo.

Em cada episódio, integrantes e músicos dos blocos serão convidados a cantar e relembrar curiosidades. A jornalista Rita Fernandes, presidente da Liga Sebastiana e colunista de VEJA Rio, vai comentar cada um dos episódios.

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Além disso, sambas emblemáticos de cada agremiação serão escolhidos e regravados pelos músicos Tiago Prata e Daniel Scisinio e pelos intérpretes Anderson Feife, Dorina e Nina Rosa. “Nosso objetivo é traçar um panorama de como o Carnaval de rua do Rio de Janeiro se estruturou e vem se adaptando ao longo das décadas”, explica Pedro Monteiro.

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“Acho interessante um projeto que se proponha a celebrar trabalho de compositores, em sua maioria amadores, que fazem sucesso no Carnaval de rua, mas que têm outras atividades durante o ano. No Carnaval, eles produzem crônicas bem-humoradas, críticas ácidas e releituras irreverentes da história recente no Rio de Janeiro, do Brasil e do mundo”, observa Jorge Sapia, presidente do bloco Meu Bem Volto Já.

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