Cariocas se aventuram em stand up paddle de longa distância

Conheça as histórias de pessoas que levam a prática, já comum no Rio de Janeiro, para cenários inusitados

Por Abril Branded Content
20 dez 2017, 15h14
Prática se afasta da costa e ganha o mar aberto no Rio de Janeiro (André Rosa/Divulgação)
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O stand up paddle (SUP) combinou bastante com o estilo de vida carioca. De uns anos para cá, as pranchas foram tomando o Posto 6 da turística praia de Copacabana, aportaram aos pés do Pão de Açúcar na Praia Vermelha e descobriram os manguezais de Barra de Guaratiba. Mas alguns de seus praticantes querem ir cada vez mais longe e estão agora desbravando mares menos explorados. A prática tem tudo a ver com a proposta do #hellocidades, projeto de Motorola que sugere novas formas de enxergar as cidades brasileiras.

A paisagista Raphaela Gurken, de 51 anos, rema desde 2013 pelas praias cariocas e este ano estabeleceu desafios de longos percursos com a prancha de SUP. Até o fim de dezembro de 2017, ela pretende completar uma travessia de 70 quilômetros de Ilha Grande, na Costa Verde, até Guaratiba, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

O percurso de 12 horas sobre uma prancha, se bem-sucedido, servirá para qualificá-la para o Molokai 2 Oahu de 2018, uma corrida de 52 quilômetros entre duas ilhas do Havaí. Para isso, ela vem treinando quase diariamente e conta com apoio de patrocinadores e uma equipe bem estruturada. “Com o SUP, eu descobri um pedaço da cidade que não conhecia. Você sobe numa prancha e vai longe”, afirma Raphaela.

Mas nem todo mundo que se apaixonou pelo SUP tem objetivos tão ousados. O professor de educação física André Rosa treina na Barra da Tijuca um grupo de cerca de 20 mulheres, em geral a partir dos 50 anos, que veem na prática uma atividade contra o estresse e a depressão e de proximidade com a natureza. Esses desbravadores conversaram com o #hellocidades e listaram alguns locais do Rio para se explorar com o SUP.

Baía de Sepetiba

Essa é a região preferida de Raphaela Gurken e é por onde ela vai passar quando fizer o trajeto Ilha Grande-Rio. É possível sair de Barra de Guaratiba em direção à Restinga de Marambaia. Essa área é fechada pelo Exército, por isso não é permitido chegar às suas areias, mas é possível avistá-la de uma determinada distância do mar.

“Fiquei apaixonada quando descobri essa região e me deparei com a biodiversidade do lugar. Você está remando e, de repente, tem um boto-cinza pulando na sua frente”, conta Raphaela, que faz um trajeto de 15 quilômetros de ida e volta no oceano, que dura em torno de três horas para ela.

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Raphaela Gurken rema na Barra de Guaratiba (Bidu Correia/Divulgação)

Há cerca de 800 botos-cinza na Baía de Sepetiba, segundo o Instituto Boto-Cinza. Com o avanço de grandes empreendimentos naquela região, pescadores vão se afastando da orla e chegam às águas mais profundas, onde habita a espécie. Com isso, botos e também tartarugas têm sido presas das redes de pesca. A iniciativa de Raphaela, que tem o apoio do instituto, serve para chamar a atenção para a preservação da biodiversidade do lugar.

Praias da Zona Oeste

Também partindo de Barra de Guaratiba, outra opção é seguir pela direção oposta à de Sepetiba, rumo à Zona Oeste, passando pela Praia de Grumari, Ilha de Palmas, Prainha, chegando à Praia da Macumba. O trajeto de 25 quilômetros é um passeio para o dia inteiro até para os mais experientes.

“É um treino mais dinâmico, com muita liberdade e uma visão ampla do horizonte”, afirma Raphaela. “O oceano é um ser vivo, e é preciso estar muito atento às mudanças do mar. Ao mesmo tempo que dá medo, você sente uma atração, um chamado.”

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Ilhas Tijucas

Do Quebra-Mar, na ponta da Barra da Tijuca, André Rosa já levou seu grupo até as Ilhas Tijucas, num trajeto de dez quilômetros. Já do canal da Joatinga, a distância até as ilhas é de só dois quilômetros. Por isso que, no verão ou nos fins de semana, o SUP é popular na região. Mas durante a semana, André  diz que as ilhas ficam só para eles e que não é muito difícil chegar até lá.

“Cada um tem o seu tempo, mas posso dizer que com um mês de treinamento a pessoa já está pronta para um passeio até as Ilhas Tijucas”, afirma. “O legal do SUP é que a prática nunca é igual. No SUP, você descarrega todas as coisas negativas, não tem pessoa que não volte com um sorriso”, garante ele.

Ilhas Cagarras

Esse arquipélago está a cerca de cinco quilômetros da orla de Ipanema e é uma unidade de conservação com várias espécies de pássaros, como gaivotas, atobás, gaviões, corujas, trinta-réis, bem-te-vis, garças, entre outros. E, com sorte, é possível avistar outros visitantes.

“Tem muito peixe pulando, já passamos por baleia, golfinho, tartarugas. Às vezes, a gente esquece que está treinando e para só para apreciar a natureza”, conta André.

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Cuidados

Os esportistas reforçam que é preciso preparar-se para explorar águas mais profundas. Raphaela Gurken conta que aprendeu técnicas de surfe para aguentar as arrebentações e meteorologia, para entender as mudanças do mar. André diz que é preciso ter um certo condicionamento para suportar as longas remadas e ressalta que é melhor fazer o percurso na companhia de alguém.

Tirando essas recomendações básicas, a atividade não tem muitas contra-indicações. Então, sua vez! Aproveite o SUP para conhecer cenários poucos explorados do Rio e não se esqueça de usar a hashtag #hellocidades para destacar as experiências na Cidade Maravilhosa. Para saber mais, acesse hellomoto.com.br.

Guaratiba

Casa do Remo – Estrada Roberto Burle Marx, 8810

(21) 3305-3003 ou casadoremo@casadoremo.com.br

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Barra da Tijuca

André Rosa (@rosa_trainer_sup)

(21) 98157-7454

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