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Cinco bons livros para se informar e relaxar nas férias

Professora de língua portuguesa e produção textual do colégio Mopi fez seleção impecável de obras e fala um pouco de cada uma

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
18 jan 2018, 12h49
livros
livros (Reprodução/Reprodução)
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Ler é uma viagem. Professora de língua portuguesa e produção textual do colégio Mopi, Tatiana Nunes Camara fez uma seleção impecável de livros, incluindo clássicos da literatura, e analisou cada um, explicando por que essas obras podem proporcionar conhecimento e entretenimento neste mês de férias. Boa leitura!

1. Confiança e Medo na Cidade, de Zygmunt Bauman

“Este livro aborda questões sociais e estruturais , que envolvem as cidades grandes de um modo geral. É uma obra interessante, pois, além do viés social abordado, há também uma análise do aspecto geográfico e, com base em uma análise social e filosófica, o autor traz à tona essa discussão do espaço geográfico associado à condição social. Texto bem analítico, que consegue desenhar para o leitor um panorama fiel ao que vemos e vivemos hoje nas grandes cidades. Os alunos costumam curtir muito o Bauman, bem como suas reflexões que são repletas de exemplos e de imagens desenhadas a partir de uma olhar crítico-social.”

2. Modernidade Líquida , de Zygmunt Bauman

“Esse livro também costuma atrair muito os alunos, pois o sociólogo polonês traz à tona a questão das relações humanas da modernidade ( Ele conceitua os tempos atuais como modernidade mesmo, inclusive, explica isso vem claramente em uma de suas obras). A fluidez, a fragilidade, a fraqueza dos laços estabelecidos entre as pessoas são temáticas abordadas no livro que, também, provoca uma discussão conceitual e prática sobre as relações de trabalho; a relação sentimental entre os seres humanos, as incertezas e as inseguranças vividas por nós atualmente. Enfim, o autor aborda aspectos das relações da vida moderna e propicia uma identificação do leitor em muitos momentos da obra. Leitura densa, mas bastante agradável, pois desperta um olhar crítico e menos ingênuo acerca da sociedade e suas relações.”

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3. Toda Poesia, de Paulo Leminsky

“Reunião de obras poéticas de Leminsky que, com toda sua versatilidade e irreverência, “brinca” com as palavras, de modo a construir mensagens maravilhosas, recheadas de muito conteúdo. Qualidade, atitude, destreza com as palavras e improviso resumem os traços dos poemas desse grande mestre da arte poética.”

4. Hora da estrela, de Clarice Lispector

“O romance narra a história da sofrida Macabéa , que vem para o Rio de Janeiro a fim de tentar a vida, na ilusão dramática de conseguir oportunidades na Cidade grande. A história da triste Macabéa é contada por uma narrador intrigante: o Rodrigo.

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Macabéa reúne em si sonhos e conflitos internos e faz com que o leitor mergulhe naquele universo e viva junto com ela, intensamente, todas as situações pelas quais ela passa. É uma narrativa que faz rir e que faz chorar em um breve espaço de tempo. O texto, muito descritivo, nos permite visualizar as cenas em nosso imaginário. A obra é instigante e a forma como é construída provoca no leitor o desejo de estar sempre querendo saber o que vai acontecer no momento seguinte. Esse livro de Clarice Lispector foi adaptado para o cinema, mas nada de se pensar em substituí-lo pelo filme. Apesar de ser uma adaptação bem realizada e fiel ao texto original, é importante entender que são linguagens diferentes e , portanto, têm funções e objetivos distintos. O filme não substitui a obra original de Clarice e vice-versa. Duas linguagens. Duas funções.”

5. Felicidade Crônica, de Martha Medeiros, da editora L&PM.

“Já no título percebemos um jogo com as palavras, que pode despertar no leitor bastante curiosidade. Livro que reúne crônicas de diferentes temas, com uma abordagem cotidiana , tal como se espera desse gênero Crônica. Linguagem leve, escrita fácil , texto agradável, narrativas que nos permitem , por vezes, completa identificação com as personagens … Martha Madeiros conta suas histórias de forma simples e de maneira bastante informal.”

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