Cinco programas imperdíveis para o fim de semana
Confira a seleção especial de VEJA RIO para deixar seu fim de semana ainda mais animado
1 – Pegar um cineminha com Birdman, um dos favoritos ao Oscar
Nem Amores Brutos (2000) nem Babel (2006) conseguiram elevar o mexicano Alejandro González Iñárritu à condição dos grandes cineastas. A oportunidade de entrar para o time estelar está nesta fabulosa comédia de tintas negras e dramáticas, indicada em nove categorias no Oscar: melhor filme, direção, ator (Michael Keaton), ator coadjuvante (Edward Norton), atriz coadjuvante (Emma Stone), roteiro, direção de fotografia, edição de som e mixagem de som. Trata-se de um trabalho fenomenal de câmera, montagem, iluminação e interpretações com uma carga intensa de emoções e adrenalina. Também roteirista e auxiliado pelo tarimbado diretor de fotografia Emmanuel Lubezki (de Gravidade), Iñárritu convoca a plateia a embarcar numa trama ambientada praticamente dentro de um teatro (o St. James, de Nova York), mas seus sensacionais planos-sequência tendem a deixá-la em um arrebatador movimento contínuo. Keaton, no melhor papel de sua carreira, atua como Riggan, uma estrela decadente do cinema que, após vestir três vezes a fantasia do super-herói Birdman, caiu num certo ostracismo. Ele quer dar a volta por cima e, para isso, adaptou, dirigiu e vai estrelar um conto de Raymond Carver na Broadway. O roteiro se passa durante alguns dias antes da estreia e enfoca o nervosismo do protagonista diante do iminente fracasso/sucesso e tendo de lidar com o ego inflado de seu parceiro de cena (Norton), a filha inquieta (Emma), o produtor angustiado (Zach Galifianakis) e as insistentes cobranças de um personagem saído da imaginação, o assustador Birdman em carne e osso. Direção: Alejandro González Iñárritu (Birdman or (The Unexpected Virtue of Ignorance)), EUA/Canadá, 119min). 16 anos. Estreou em 29/1/2015.
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2 – Curtir o rock da banda americana Mr. Big
O vocalista Eric Martin já passou pelo Rio com shows intimistas em casas como Teatro Odisseia e Bar do Tom. O baixista Billy Sheehan também conhece a cidade, de quando tocou por aqui com o guitarrista Steve Vai. Entre os fãs cariocas, porém, havia certa frustração por nunca terem visto de perto o Mr. Big, banda americana de hard rock, em sua formação completa, que conta ainda com Paul Gilbert (guitarra) e Pat Torpey (bateria). No domingo (8), finalmente, o grupo faz sua estreia na cidade, em apresentação na Fundição Progresso. Até o baterista, diagnosticado com Parkinson no ano passado, tem presença confirmada: Matt Star o substitui, mas Torpey promete uma canja neste que tem se tornado um dos momentos mais emocionantes da turnê do álbum …The Stories We Could Tell, lançado em 2014. Estão prometidos, é claro, hits que fizeram a fama do grupo entre o fim dos anos 80 e meados da década seguinte, como To Be with You, Addicted to that Rush, Green-Tinted Sixties Mind e Wild World, cover de Cat Stevens. Da mesma geração, a banda Winger abre a noite. 18 anos.
Fundição Progresso (3 000 pessoas). Rua dos Arcos, 24, Lapa, ☎ 3212-0800. Domingo (8), a partir das 18h30. R$ 240,00 (pista, 2º lote) e R$ 360,00 (pista premium, 2º lote). Bilheteria: 12h/14h e 15h/20h (seg. a sex.); a partir das 11h (dom.). www.fundicaoprogresso.com.br
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3 – Assistir ao musical Bilac Vê Estrelas
Transposição para o palco do livro homônimo de Ruy Castro, Bilac Vê Estrelas é um raro exemplar recente de musical de fato brasileiro, do enredo às canções, no qual estas foram compostas especificamente para se encaixar na trama. Sob direção de João Fonseca, o resultado é adorável. Na história, adaptada por Heloisa Seixas, mulher de Ruy, e Julia Romeu, filha dela, personagens reais são inseridos em um enredo fictício: poeta querido da belle époque carioca, Olavo Bilac (André Dias, ótimo) se encanta com um projeto do jornalista José do Patrocínio (Sergio Menezes), seu amigo, de construir um dirigível. A ideia, porém, é cobiçada por uma espiã (Izabella Bicalho) e pelo ardiloso padre Maximiliano (Tadeu Aguiar). Graciosa em sua simplicidade, a trama ganha o luxuoso embalo de irretocáveis canções de Nei Lopes, com direção musical afiada de Luís Filipe de Lima. No elenco, além do protagonista, Alice Borges rouba a cena a bordo de uma hilária cartomante. Atenção: a partir deste sábado (31), o espetáculo passa a ser encenado nesse dia também às 16h. Além disso, há apresentações na quarta (4) e na quinta (5), às 19h (100min).12 anos. Estreou em 8/1/2015.
Teatro Sesc Ginástico (513 lugares). Avenida Graça Aranha, 187, Centro, ☎ 2279-4027. → Sexta e domingo, 19h; sábado, 16h e 19h. Sessões extras na quarta (4) ena quinta (5), 19h. R$ 20,00. Bilheteria: a partir das 13h(sex. a dom.). Até o dia 22.
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4 – Apreciar as obras da exposição Imagens da Escuridão e da Resistência
Os desdobramentos da arte como forma de engajamento político dominam a variada coletiva Imagens da Escuridão e da Resistência. Trata-se de uma reunião de 52 obras criadas por 23 artistas e coletivos brasileiros. Entre os destaques, há sete registros emblemáticos do fotógrafo Evandro Teixeira, flagrantes de movimentos de contestação ao governo clicados em 1968. A famosa palavra de ordem de Rubens Gerchman em Lute (1967) se impõe como um mantra com suas letras garrafais vermelhas. Vale adentrar a instalação Cosmococa CC9 Cocaoculta Renô Gone, tributo de Helio Oiticica a Renô, amigo do artista de suas andanças pela Mangueira e pelo Morro de São Carlos. Fruto de uma proposição de Oiticica (projetos elaborados por ele, com autoria dividida e execução feita por terceiros) enviada a Carlos Vergaraem 1974, a obra nunca havia sido realizada.
Museu de Arte Moderna. Avenida Infante Dom Henrique, 85,Parque do Flamengo, ☎ 3883-5600. → Terça a sexta, 12h às 18h; sábado e domingo, 12h às 19h. R$ 14,00. A bilheteria fecha meia hora antes. Pessoas com mais de 60 anos pagam R$ 6,00. Grátis para amigos do MAM, menores de 12 anos e, na quarta, a partir das 15h, para todos. Aos domingos vigora o ingresso-família: pagam-seR$ 14,00 por grupo de até cinco pessoas. Estac. (R$ 5,00 para visitantes do museu). Até o dia 22.
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5 – Conhecer o Frederico Bar, nova casa em Copacabana
Há que prestar atenção ao caminhar pela calçada da Rua Siqueira Campos para não passar direto por este bar de poucos lugares e fachada discreta. Trata-se de um verdadeiro achado. Aberta desde o último dia 16, a casa é comandada pela chef Elba Ximenes, que esteve à frente do restaurante Guy, na Fonte da Saudade, por cinco anos. O diminuto salão é decorado com imagens de São Sebastião, padroeiro do Rio, retratado em vários estilos. Ainda tímida, a carta de cervejas artesanais conta com a boa Therezópolis Jade (R$ 18,50; 600 mililitros), uma IPA fabricada pela St. Gallen. Se preferir, há cascos gelados de Antarctica Original (R$ 10,00; 600 mililitros).
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São companhias perfeitas para a impecável seção de bolinhos. O croc croc (R$ 23,00, seis unidades) traz pernil fresco empanado com torresmo, acompanhado por dois molhos de pimenta, um ardido e um doce. Já o bacana (R$ 26,00, quatro unidades) é quase como o clássico de bacalhau, mas leva mandioca e, acredite, banana na massa — o resultado é excelente. Prove também a porção de linguiça fresca de pernil recheada com pimenta-biquinho (R$ 20,50). Curiosidade: Frederico é um dos sócios da casa, mas ela só ganhou seu nome por causa de uma consulta à numerologia, cujo resultado se mostrou positivo para negócios ligados à gastronomia.
Rua Siqueira Campos, 230, loja C, Copacabana, ☎ 2547-1787 (20 lugares). 11h/0h (sex. e sáb. 11h30/1h; dom. 12h/18h; seg. até as 11h30/18h). Aberto em 2015.