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Cinemas do Rio estão prontos para reabrir com 40% da capacidade

"É inconcebível que igrejas estejam abertas enquanto cinemas viram o patinho feio da história", desabafa presidente do Sindicato dos Exibidores do Rio

Por Marcela Capobianco
20 ago 2020, 18h30
Sala de cinema com apenas um espectador
Cinemas: mesmo com diversas modificações para evitar o contágio pelo novo coronavírus, setor amarga perda de público (Julian Bossert/Unsplash/Reprodução)
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Após mais de cinco meses fechados, os cinemas cariocas estão prontos para reabrir, seguindo, é claro, um rígido protocolo de segurança. Nesta quarta (19), o governador Wilson Witzel autorizou a reabertura parcial das salas de cinema e outros equipamentos culturais no estado. As salas de cinemas só poderão reabrir 40% da ocupação ou com o distanciamento de dois metros. O uso de máscaras será obrigatório para frequentadores e funcionários.

Os exibidores da capital fluminense, no entanto, precisam da autorização do prefeito, Marcelo Crivella, para voltar a operar. No início desta semana, o alcaide adiou por quinze dias a sexta fase do plano de retomada da prefeitura do Rio, que libera o funcionamento de equipamentos culturais.

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Nestes cinco meses, produtores, exibidores, distribuidores e empresas de venda de ingressos se uniram no movimento #JuntosPeloCinema, para pensar e preparar a volta do públicos aos cinemas. O protocolo conjunto prevê ocupação máxima de 40% de cada sala. Alguns assentos serão bloqueados e os frequentadores não podem, em nenhuma hipótese, mudar de lugar durante o filme. O distanciamento mínimo será de 2 metros.

Em cinemas com mais de uma sala, não haverá sessões concomitantes, para evitar aglomeração no foyer. Além disso, o tempo entre uma sessão e outra será estendido, para que o local possa ser higienizado e menos pessoas se encontrem.

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O consumo de alimentos só poderá acontecer quando o cliente estiver sentado em seu assento na sala de exibição e, aí sim, poderá tirar a máscara para comer pipoca.

“Fizemos um mapeamento da jornada do cliente dentro do cinema. Sabemos como cada pessoa se comporta ao sair de casa para assistir a um filme. Identificamos os lugares em que ele coloca a mão, desde a bilheteria até a sala, passando por bombonnière e banheiros. Todos os processos foram pensando com muito cuidado”, explica Patrícia Cotta, gerente nacional de marketing da Rede Kinoplex e uma das representantes do movimento #JuntosPeloCinema.

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“Trocamos impressões com cinemas de toda a América Latina e fomos além do que os governos exigem. Estamos prontíssimos para reabrir”, complementa Patrícia.

Assim que reabrirem, os cinemas vão exibir clássicos como E.T – O Extraterrestre, De Volta Para o Futuro e Matrix. É o festival De Volta Para o Cinema, que também vai contar com longas brasileiros como Minha Mãe É Uma Peça e O Palhaço.

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A programação atende a pedidos do público, que há muito tempo pede para rever clássicos na telona, e supre o gargalo de filmes que ainda não têm data para serem exibidos.

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De acordo com Gilberto Leal, presidente do Sindicato dos Exibidores do Estado do Rio de Janeiro, alguns títulos inéditos estão previstos para chegar ao cinemas já em setembro, como Tenet, de Christopher Nolan e o novo Scooby-Doo.

“Muitas igrejas ocupam lugares que, no passado, eram cinemas e estão abertas. Por que viramos o patinho feio dessa história toda? Sabemos que não podemos colocar nossos clientes em risco e estamos tomando todos os cuidados para reabrir de forma segura”, desabafa Leal.

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