Fechada desde o início da pandemia, Cinemateca do MAM reabre ao público

Espaço é um dos mais antigos centros de memória audiovisual do país e um dos únicos a projetar filmes em película

Por Kamille Viola
20 out 2021, 20h35
Foto da sala de cinema da Cinemateca do MAM com algumas pessoas nas poltronas
Cinemateca do MAM: reabertura (Fabio Souza/Divulgação)
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Ótima notícia para os cinéfilos: depois de um longo período fechada, por conta da pandemia — desde março de 2020 —, a Cinemateca do MAM reabre para o público na próxima semana. Foi instalado um ozonizador na sala de exibição, para que o ambiente seja desinfetado diariamente antes da entrada do público. Além disso, o espaço, um dos único lugares no país a projetar filmes em película, passou por um processo de modernização enquanto esteve fechado e agora conta com novos equipamentos.

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Hernani Heffner, gerente da Cinemateca do MAM, lembra que esse é um dos mais antigos centros de memória audiovisual do país. “O que se evidencia no tamanho, diversidade e raridade do acervo acumulado, que vai desde o cartão pessoal de Georges Méliès até acetatos, desenhos, storyboards — como os de Arturo Uranga —, passando por 45 arquivos pessoais, como os de Ruy Guerra, Alex Viany e Roberto Miller“, enumera. “E também por sua atuação em prol da conservação e difusão desse memória, permanecendo uma instituição comprometida com o acesso gratuito, público e democrático.”

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Entre as preciosidades do acervo, ele cita Reminiscências (1909-1924), de Aristides Junqueira, o filme brasileiro mais antigo preservado; clássicos como Ganga bruta, de Humberto Mauro; e Alo, Alô, Carnaval, de Adhemar Gonzaga; o campeão de bilheteira em versão restaurada, O Ébrio, um dos primeiros filmes dirigidos por uma mulher no Brasil, Gilda Abreu; Estou aí?, de José Cajado Filho, e Pista de grama, de Haroldo Costa, primeiros longas de ficção dirigidos por cineastas negros no Brasil; raros curtas experimentais do primeiro cineasta abstrato brasileiro, Roberto Miller; a obra quase completa de Paulo César Saraceni, um dos grandes nomes do Cinema Novo.

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Na reabertura, a sala, com 160 lugares, terá sua capacidade reduzida (o número ainda não foi definido). A programação que abre os trabalhos, no dia 28 de outubro, é parte das comemorações do Dia do Patrimônio Audiovisual, com programação no auditório e online. Além disso, haverá homenagens ao maestro, produtor e diretor Cláudio Petraligia e ao centenário da atriz Cacilda Becker. Serão exibidos os filmes Um breve encontro, de Italo Morelli e Walter G. Durst, às 14h, e A vaidosa, às 18h, de Walter G. Durst, ambos estrelados por Cacilda.

Cinemateca do MAM. Avenida Infante Dom Henrique, 85, Praia do Flamengo. Qui. (28), 14h e 18h30. Sex. (29), 18h30. Sáb. (30), 14h. Dom. (31), 17h. R$ 10,00 (meia) e R$ 20,00.

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