Dez programas imperdíveis para o fim de semana

VEJA RIO selecionou atrações para deixar seu fim de semana mais animado. Destaque para o show de Ney Matogrosso no Vivo Rio

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
12 jan 2017, 18h12
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O Apartamento

Diretor de longas-metragens impecáveis (À Procura de Elly, A Separação e O Passado), o iraniano Asghar Farhadi dá uma escorregadinha em O Apartamento, que concorre, neste domingo, 8, ao Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro. Embora inferior na filmografia do cineasta, o novo drama ainda tem um ótimo argumento e, como sempre nos longas de Farhadi, exige cumplicidade e participação da plateia. O caso aqui envolve o casal Emad (Shahab Hosseini) e Rana (Taraneh Alidoosti). Professor do ensino médio, ele ainda atua na peça A Morte do Caixeiro Viajante, de Arthur Miller, ao lado da esposa. Quando eles mudam para um novo apartamento, o conflito se inicia. Ao abrir a porta para um estranho, pensando se tratar do marido, Rana é brutalmente espancada. Emad fica desnorteado e tenta, a todo custo, encontrar o agressor, embora sua mulher não queira prestar queixa à polícia. Os motivos passam pela repressão feminina na sociedade muçulmana, tema muito comum nos trabalhos do realizador, que teve seu roteiro premiado no Festival de Cannes. Shahab Hosseini, em estupenda atuação, também foi laureado na competição. Direção: Asghar Farhadi (Forushande, Irã/França, 2016, 125min). 14 anos.

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Dorotéia

Rosamaria Murtinho e Letícia Spiller dividem a cena na obra de Nelson Rodrigues, escrita em 1949, um clássico sobre nuances da moral e da beleza. Direção de Jorge Farjalla. Sesc Copacabana. Sexta e sábado, 20h30; domingo, 19h. R$ 25,00. A partir de sexta (13).

Eu, Daniel Blake
Eu, Daniel Blake (Reprodução Internet)

Eu, Daniel Blake

Em uma competição com Julieta, Sieranevada, Elle, É Apenas o Fim do Mundo e Aquarius, foi Eu, Daniel Blake que ficou com a Palma de Ouro no Festival de Cannes. Um prêmio merecido para o veterano diretor inglês Ken Loach, que, aos 80 anos, se volta contra o sistema e a burocracia de seu país. Político e politizado, o realizador, incisivo, mostra as garras afiadas para narrar, com tintas dramáticas e tragicômicas, a trajetória do viúvo Daniel Blake (Dave Johns). Depois de sofrer um infarto, esse sexagenário fica proibido pelos médicos de retornar ao trabalho. Precisa, então, requerer os benefícios do governo, mas, para isso, vai ter de encarar uma espiral de exigências e pedidos exaustivos. O lado humanitário de Blake desponta na ajuda (até financeira) a uma mãe solteira (Hayley Squires). É impossível ficar indiferente ao angustiante drama do protagonista e não se identificar com as situações insólitas pelas quais ele passa. Direção: Ken Loach (I, Daniel Blake, Inglaterra/França/Bélgica, 100min). 12 anos.

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(Fuerza Bruta/Divulgação)

Fuerza Bruta

Segue em cartaz o espetáculo do grupo argentino que é fenômeno de público. Vista por mais de 5 milhões de pessoas no mundo e em cartaz no circuito off-Broadway há quase dez anos, a experiência em 360º mistura música, dança, acrobacia e interações com a plateia. Metropolitan. Quinta, 21h30; sexta, 22h30, sábado, 19h e 22h30; domingo, 17h e 20h. R$ 160,00 a R$ 180,00. Até 19 de fevereiro.

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(Acervo MNBA)

Grandjean de Montigny e Rio de Janeiro no Século XIX

Responsável por relevantes mudanças culturais no Brasil, a Missão Artística Francesa trouxe ao Rio, em 1816, um grupo variado, no qual despontaram os pintores Jean-Baptiste Debret e Nicolas Antoine Taunay. Também no time, o arquiteto Grandjean de Montigny (1776-1850) passou o resto da vida no país. Por aqui, ensinou e realizou projetos como o prédio da Alfândega, hoje Casa França-Brasil. Onze ilustrações suas estão em Grandjean de Montigny e Rio de Janeiro no Século XIX, em cartaz a partir de sexta (13), no Museu Nacional de Belas Artes. O monumento à abdicação de dom Pedro I, na foto ao lado, é uma das atrações da mostra. Terça a sexta, 10h às 18h; sábado e domingo, 13h às 18h. R$ 8,00. Grátis aos domingos.

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João Bosco, em estúdio, tocando violão, usando boné e fones de ouvido olhando para baixo
João Bosco (Divulgação)

João Bosco

Sozinho no palco, o cantor e compositor repassa no violão parte de sua extensa trajetória no espetáculo 40 Anos Depois. Entre as canções garantidas estão as emblemáticas O Bêbado e o Equilibrista e Papel Machê. Imperator — Centro Cultural João Nogueira. Rua Dias da Cruz, 170, Méier. Domingo (15), 20h. R$ 80,00.

(Caio Pacela/Reprodução)

A Luz que Vela o Corpo É a Mesma que Revela a Tela

Carioca, formado na Escola de Belas Artes da UFRJ em 2009, Bruno Miguel contribui para a cena contemporânea como curador e criador. No primeiro papel, concebeu A Luz que Vela o Corpo É a Mesma que Revela a Tela. Em cartaz a partir de domingo (15), na Caixa Cultural, a coletiva reúne 100 pinturas de 36 nomes surgidos desde o fim dos anos 90 — Bruno incluído. O acervo busca mostrar como, em dias de internet, a pintura ainda dialoga com o pensamento de seu tempo. Entre os artistas estão Marcone Moreira, Gisele Camargo e Caio Pacela, autor de Um (foto acima). Caixa Cultural. Terça a domingo, 10h às 21h. Grátis

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(Divulgação)

Ney Matogrosso

Há quatro anos na estrada com a turnê Atento aos Sinais, Ney Matogrosso traz de volta à cidade o espetáculo que une gerações. Com a mesma desenvoltura, circula por composições da nova safra, a exemplo da divertida Samba do Blackberry, da banda Tono, e do bolero Freguês da Meia-Noite, de Criolo, além de artistas consagrados como Lenine, Paulinho da Viola, Itamar Assumpção e Caetano Veloso. Ao vivo, o cantor espanta a caretice com figurino exuberante e performances vigorosas. Vivo Rio. Avenida Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo. Sexta (13), 22h; sábado (14), 21h30. R$ 80,00 (balcão) a R$ 260,00 (setor 1 e camarote A).

(Reprodução Internet)

Passageiros

Jim Preston (Chris Pratt) acordou no dia errado e saiu de sua cápsula muito antes do tempo. A bordo de uma gigantesca nave espacial, ele ruma em direção a um novo planeta a ser colonizado por terráqueos. Acontece que, por um problema técnico, Preston despertou noventa (isso mesmo, noventa!) anos antes da chegada. Ele se vê sozinho em meio a 5 000 pessoas em sono profundo. Sua única companhia é um barman-robô (Michael Sheen) e, durante meses, o rapaz faz de tudo para aproveitar a vida. Um ano depois, à beira da depressão, vai tomar uma decisão radical com relação à personagem de Jennifer Lawrence (não convém ir além). Ao contrário do recente e “cerebral” A Chegada, a também ficção científica Passageiros tem uma história de fácil identificação com o espectador e, por isso, vira um passatempo mais leve e sem contraindicações. Além da formidável direção de arte, a química entre Pratt e Jennifer funciona muito bem, transformando um thriller cibernético em inusitado romance espacial. Direção: Morten Tyldum (Passengers, EUA, 2016, 116min). 12 anos. Estreou em 5/1/2017.

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(Isabela Kassow/divulgação)

Yamandu Costa

Exímio violonista, o gaúcho Yamandu Costa revolucionou as rodas de samba na Lapa, nos anos 2000, e continuou voando alto. O notável instrumentista convida a Camerata Jovem da Ação Social pela Música, formada por catorze jovens de diferentes áreas carentes da cidade, para duas apresentações. Juntos, eles interpretam temas de Yamandu, a exemplo de Mangore e Habanera. Sala Cecília Meireles. Largo da Lapa, 47, Centro. Sexta (13) e sábado (14), 20h. R$ 40,00.

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