Eduardo Sterblitch apresenta Use-me no sábado (20) e domingo (21)

Ex-humorista do Pânico subverte o formato <em>stand-up comedy</em> em conversa aberta com o público

Por Jefferson Lessa
Atualizado em 2 jun 2017, 12h14 - Publicado em 18 fev 2016, 19h27
Eduardo Sterblitch, ex-comediante do Pânico
Eduardo Sterblitch, ex-comediante do Pânico (Divulgação / Alisson Valentim/)
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Depois de anos encarnando personagens cômicos, o ator, diretor e roteirista Eduardo Sterblitch propõe uma conversa com o público carioca neste fim de semana. No palco do Teatro Bradesco, no Village Mall, o humorista passa a limpo seus dez anos de carreira em Use-me. O espetáculo parte de perguntas como O artista está à disposição da vontade de seus espectadores? e  Qual o limite da interatividade? para engatar o papo.

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Dirigido por Rafael Queiroga, com quem mantém uma parceria de anos, Sterblitch é acompanhado pelo DJ Rael barja e pelo comediante André Pateta. 

Nos dias 27 e 28, o comediante leva Use-me para São Paulo. 

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Eduardo Sterblitch, ex-comediante do Pânico
Eduardo Sterblitch, ex-comediante do Pânico ()

Três perguntas para Eduardo Sterblitch:

1- Em Use-me, você revisita dez anos de carreira. Como isso se dá no palco? Voltam antigos personagens ou é um bate papo com os espectadores? 

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Eu faço os personagens que o público determina. Crio personagens se assim for pedido. Misturo um no outro. Converso com a plateia, conto segredos. Troquei o analista pelo público de vez.

2- Como faz para ter uma conversa com o público num espaço tão amplo? 

O público pode interferir a hora que quiser. Normalmente as pessoas que estão a fim de participar, sempre acabam achando um jeito. É muita gente, eu sei. Mas eu acho isso engraçado também. Essa tentativa frustrada de conversa é engraçada.

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3- O público pode esperar momentos constrangedores de brincadeiras com a plateia? Como se dá a sua interação com os espectadores? 

Me assistir é sempre constrangedor! E eu quero manter isso pra sempre. As pessoas que gostam do meu trabalho, gostam porque eu sou errado. Eles gostam de interagir comigo porque eu gosto de interagir com eles! É necessário interagir com seu público! Eu sou um artista completamente perdido! Sem graça. Chato! Me sinto um inútil! Por isso quero ser usado! Para que eu possa ser útil.  Não é um stand up, eu acho.  Nem um espetáculo especial. É um encontro. Quero entender o que eu devo fazer, talvez.

 

 

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