Vai ter Gilberto Gil, samba e feijoada na Festa Literária das Periferias

Programação do evento, que acontece neste sábado (13), na Gamboa, tem ainda show de Leci Brandão e os blocos Afoxé Filhos de Gandhy RJ e Prata Preta

Por Kamille Viola
Atualizado em 11 Maio 2023, 11h37 - Publicado em 10 Maio 2023, 17h08
Gilberto Gil olha para a câmera. Ele está com a mão esquerda em cima do olho esquerdo. Ele veste camisa social branca e tem uma pulseira preta no brasil esquerdo. Ao fundo, uma cortina de palha.
Gilberto Gil: o imortal da ABL participa de debate na Flup (Marcelo Hallit/Divulgação)
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Começa neste sábado (13) a 13ª edição da Festa Literária das Periferias (Flup), abrindo uma série de eventos sob o tema Mundo da Palavra, Palavra do Mundo. A programação gratuita terá cortejos carnavalescos, atividades infantis, feijoada, mesa de debate com Gilberto Gil e Haroldo Costa, homenagem a Mãe Beata de Iemanjá e show de Leci Brandão, entre outras atrações. 

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Este ano, os grandes homenageados Machado de Assis e Mãe Beata de Iemanjá. A data escolhida para a abertura dos trabalhos tem uma forte carga simbólica, já que 13 de maio é o Dias dos Pretos-Velhos na umbanda, o (polêmico) Dia da Abolição da Escravatura e o aniversário de Lima Barreto, que também será celebrado.

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O evento começa às 10h, na Praça do Cais do Valongo, com o Afoxé Filhos de Gandhy RJ. Às 11h, a Flup sobe a Ladeira do Livramento com o bloco Prata Preta, até a Arena Samol, que terá uma sala batizada em homenagem a Machado de Assis. Maior nome da literatura brasileira, o escritor nasceu e cresceu ali, na Ladeira do Livramento. Ao longo do tempo, a imagem do fundador da Academia Brasileira de Letras (ABL) foi sendo embranquecida pelas elites, e a Flup quer se debruçar sobre sua origem negra.

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Chegando à Arena Samol, é a vez da apresentação de axé da sacerdotisa do Candomblé Mãe Glória. Às 12h, começa a ser servida a feijoada dos pretos e pretas-velhas. É quando acontece o lançamento do livro Quilombo do Lima, com o selo Editora Malê + Flup, que reúne contos de 22 autores e autoras negras inspirados na obra de Lima Barreto.

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A partir das 14h, acontecem as homenagens a Mãe Beata de Iemanjá, com apresentação da jornalista Flávia Oliveira. A ialorixá foi um nome atuante na luta pelos direitos humanos, sobretudo nas questões raciais, de gênero e LGBTQIA+. Ao celebrá-la, a Flup quer chamar atenção para a importância da cultura oral afro-brasileira.

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Em seguida, às 16h15, o evento recebe encenação do conto Través, de Luciano Nascimento, um dos textos reunidos no livro Quilombo do Lima. O autor, Márcio Januário, também assina a direção do espetáculo.

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Ainda numa reverência aos mais velhos e mais velhas, a Flup apresenta a mesa Quem Me Deu Régua e Compasso, 17h, que reúne grandes nomes da cultura brasileira: Gilberto Gil, 80 anos, que em 2022 foi eleito para a ABL de Machado, e o artista multifacetado Haroldo Costa, 92. A mediação será da escritora Eliana Alves Cruz.

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Nos intervalos, o evento conta com o som DJ Bieta e as intervenções poéticas do Slam das Minas. Às 19h, o evento conta com a apresentação de um dos grandes nomes do samba de roda. Dona Zélia do Prato, de Santo Amaro da Purificação, uma das principais mestras sambadeiras do Recôncavo Baiano.

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Na sequência, é a voz da escola de samba Vizinha Faladeira, campeã do carnaval do Grupo B da LIVRES Liga Independente Verdadeiras Raízes das Escolas de Samba. A festa se encerra com chave de ouro, com o show de Leci Brandão, primeira mulher negra a integrar a ala de compositores da Mangueira.

Cais do Valongo, Gamboa. Sáb. (13), 10h. Arena Samol. Rua Costa Barros, 34, Gamboa (Ladeira do Livramento). Sáb. (13), 11h/22h. Grátis.

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