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Mostra competitiva do Festival de Teatro do Rio começa na quarta (7)

Em sua 20ª edição, evento faz homenagem a José Celso Martinez e apresenta peças como <em>Estamira</em>

Por Renata Magalhães
7 dez 2016, 19h09
Estamira
Estamira (Divulgação/)
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Um dos eventos teatrais mais antigos da cidade, o Festival de Teatro do Rio inicia nesta quarta (7) as apresentações da Mostra Competitiva em sua 20 edição. Durante duas semanas, várias peças se apresentam gratuitamentre na Cidade das Artes. Esquetes, debates, oficinas e atividades teatrais também fazem parte da programação. 

Veja abaixo a lista de espetáculos:

✪✪✪✪ Estamira – Beira do Mundo – Quarta (7), às 21h

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Uma catadora de lixo, doente mental crônica e com uma percepção do mundo surpreendente e devastadora que faz provocações profundas sobre os modos de vida e a organização da sociedade. A peça não só é um documentário sobre Estamira, mas também um depoimento pessoal e artístico de Dani Barros, que reconheceu na história da personagem da vida real retratada no filme de Marcos Prado parte da sua experiência pessoal. O pano de fundo da história é o lixão, porta pela qual adentramos o universo de Estamira, onde são encontradas cartas, memórias e histórias que não se podem jogar fora.

Curral Grande – Quinta (8), 21h

Quatro atores revisitam o fato histórico da existência de Campos de Concentração no Nordeste dos anos 30 e revezam-se entre mais de 40 personagens para contar esta história de maneira lúdica e dinâmica.

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Caravana de Sonhos – Sexta (9), 21h

Mescla de Comédia Dell’Arte com cultura nordestina, conta a história de Totó Caldeiras, o galã bonitão e poderoso, apaixonado pela esposa Juliet Stone, que gosta mesmo é do poeta Chicório Melôncio, que foi se apaixonar por uma hippie que vive em alfa e cai de amores por Chiquinho Gago, filho de Totó e Juliet e morre de encantos por Tininha, apaixonada em Ralé Malandro, um liso danado louco em Despirocada, empregada desbocada de Totó e Juliet. E é aí que vem o babado: Despirocada é apaixonada, doidinha daquelas paixões de dar fogo no faniquito, adivinhe por quem? Pelo próprio patrão!

Mercedes – Sábado (10), 21h

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Fruto de uma linguagem de pesquisa afro fisicalizada, o espetáculo aborda a vida de Mercedes Baptista, primeira bailarina negra a compor o corpo de baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e principal percussora da dança afro-brasileira pelo mundo. O universo da ficção submete um retorno às expressões afro-brasileiras, através da apresentação de uma narrativa em torno da construção da identidade negra na dança brasileira, contada a partir de fatos reais e fictícios da vida da personagem título. A peça mergulha na história dessa personalidade, que atingiu lugar de prestígio no Brasil e no Mundo, a partir de uma visão poético-corporal das danças de matriz negra e folclóricas do Brasil.

Amor,te – Domingo (11), 18h

Sobre amor, sobre morte e sobre nós mesmos. Amor, te. reúne histórias e os conflitos que carregam as relações a dois.

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Terrabatida – Terça (13), 21h

Nordeste-Sul. Bahia-Rio de Janeiro. Canudos-Periferia. Terrabatida – Reminiscência de Canudosé um espetáculo que parte da pesquisa das xilogravuras do artista plástico Adir Botelho para compor quadros imagéticos acerca da Guerra de Canudos. Durante o processo de pesquisa, foi percebido que atualmente há outra guerra se travando: nos morros e favelas com os quais a geografia carioca nos permite topar a cada virada de esquina, a cada cruzamento atravessado. Que similaridades e semelhanças podem (re)unir Bahia e Rio de Janeiro num mesmo panorama político, seja ele de outro século ou do atual?

Se vivêssemos em um lugar normal – Quarta (14), 21h

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Adaptação teatral da obra literária homônima do escritor mexicano Juan Pablo Villalobos. A história narra a saga de Orestes, um dos sete filhos de uma família cujo pai é um professor de educação cívica, mestre em propagar todo tipo de impropérios, e a mãe, uma típica personagem de dramas mexicanos. Dentro da “caixa de sapato”, apelido que a família dá a casa em que vivem, no morro da “Puta que pariu”, o protagonista tenta entender sua situação econômica e mudar o curso de sua própria sorte. De uma narrativa cômica, dinâmica e irônica, essa tragicomédia resultará em uma encenação deliciosamente subversiva.

BORRA – Quinta (15), 21h

Oito personagens que têm seus destinos cruzados dentro de uma cela. A sobrevivência é a única regra em um mundo protegido pelas grades do sistema carcerário. Esta montagem provoca um discurso a partir das imagens simbólicas de oprimido e opressor: os presos que estabelecem uma ordem dentro da cela, o sistema carcerário que estabelece uma ordem dentro da prisão, a justiça que estabelece uma ordem no sistema, o governo que instaura a sua justiça e a sociedade que compactua, mostrando um sistema frágil em todas as suas relevâncias. Livremente inspirada na obra de Plínio Marcos.

Em um lugar chamado Lugar Nenhum – Sexta (16), 21h

Uma história de amor que mistura fábula e realidade e busca inspiração na literatura de cordel. Em 1950, num vilarejo longínquo chamado “Lugar Nenhum” pouco tempo tinha desde a chegada do maior meio de comunicação na cidade – o Rádio. Através dele, os pacatos cidadãos daquele local tomam conhecimento do mundo. Sem que percebam, seja para o bem ou para o mal, esse aparelho moderno vira de ponta cabeça a vida de um jovem casal que estava fadado a se conhecer, casar, trabalhar, ter filhos e só.

 

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