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Últimos dias: mostra em homenagem a Nise da Silveira se despede do Rio

'A Revolução pelo Afeto' reúne obras de artistas consagrados e de pacientes da psiquiatra, e fica em cartaz até 15 de novembro

Por Kamille Viola
Atualizado em 11 nov 2021, 16h25 - Publicado em 9 nov 2021, 18h54

Em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) desde junho, a mostra Nise da Silveira A Revolução pelo Afeto se despede do Rio na próxima segunda-feira (15). A exposição reúne cerca de 90 obras de artistas do Museu de Imagens do Inconsciente, fundado pela psiquiatra, ao lado de peças de Lygia Clark e Abraham Palatinik, vídeos de Leon Hirzsman e uma instalação de Carlos Vergara, entre outros artistas reconhecidos. Mais de 50 mil passaram pelo espaço para ver os trabalhos.

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Nise enfrentou diversas barreiras em sua trajetória. Formou-se em medicina sendo a única mulher em uma turma com mais de 150 homens. Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II, no Engenho de Dentro, recusava-se a realizar tratamentos agressivos em pacientes, como os eletrochoques, e foi transferida para o trabalho com terapia ocupacional, atividade então menosprezada. Ali, criou ateliês de arte, o que viria a revolucionar a psiquiatria no país.

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Em 1952, ela fundou o Museu de Imagens do Inconsciente, centro de estudo e pesquisa destinado à preservação dos trabalhos produzidos nos estúdios de modelagem e pintura que criou na instituição. “A arte é fundamental na trajetória da Dra. Nise, não pelo valor estético, mas pela capacidade de expressar o inconsciente e pavimentar o caminho para a cura. Além do estudo de interpretação dessas imagens contribuir ainda como legado para a ciência”, observa  Diogo Rezende, curador da exposição e sócio do Estúdio M’Baraká — que contou com a consultoria do psiquiatra Vitor Pordeus e do museólogo Eurípedes Júnior na mostra.

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Rezende explica que não existe separação entre os trabalhos de artistas consagrados e os do museu selecionados para a exposição: todos se relacionam à trajetória da médica, e as relações propostas são distintas e, muitas vezes, múltiplas. “Podem ser mais conceituais e abstratas, tratando do imaginário que perpassa a prática de Nise e explorando os temas do inconsciente e dos sonhos, a alteridade e os contos de fada, como as obras de Leandro Lima, Zé Carlos Garcia, Rafael Bqueer. Ou podem ser relações mais diretas. A obra do artista Abraham Palatinik é apresentada ao lado de trechos em que relata uma visita aos ateliês do hospital do Engenho de Dentro e dos trabalhos de Arthur Amora, cliente de Nise da Silveira que elaborou uma série de pinturas geométricas nos anos de 1940 tidas hoje como obras precursoras do movimento concreto no Brasil”, exemplifica.

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Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Dom., seg. e qua., 9h/19h. Qui., sex. e sáb., 9h/20h. Grátis.

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