Sagração, de Deborah Colker, e mais espetáculos de dança para ver no Rio

Concorrido trabalho da coreógrafa, que celebra os 30 anos de sua companhia, é baseado em obra de Stravinsky e realiza temporada na Cidade das Artes

Por Kamille Viola
18 jul 2024, 15h24
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Sagração: espetáculo de Deborah Colker faz temporada na Cidade das Artes (Flavio Colker/Divulgação)
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Cravo

Laura Samy e Alice Poppe revisitam figuras dos solos Dança Macabra e Máquina de Dançar, respectivamente, instigadas a tecerem novas narrativas pelo gesto em comum de debruçar-se sobre si mesma. Agora, em Cravo, as duas figuras avançam lado a lado, em um espetáculo em diálogo com a linguagem cinematográfica.

Espaço Cultural Sérgio Porto. Rua Visconde de Silva s/nº, ao lado do 292,, Humaitá. Sex. e sáb., 20h. Dom., 19h. R$ 5,00 a R$ 10,00. Ingressos pelo Rio Cultura. Até domingo (21).

Eclipse

Ensaio aberto da obra em progresso criada e apresentada por Morena Paiva, que surgiu durante a pandemia da Covid-19 e que busca refletir sobre como os relacionamentos mediados pelo virtual estão nos impactando e à forma como vivemos sentimentos como luto, pertencimento e crescente necessidade de aprovação que as redes sociais estimulam.

Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro. Rua José Higino, 115, Tijuca. Sex. (19), 18h30. Grátis. Ingressos pelo Rio Cultura.

Entrevero

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Criado e apresentado por Inaê Silva, o espetáculo de dança faz uma alquimia das linguagens populares e tradicionais com a dança contemporânea, realizando um resgate da criação da mulher negra e nordestina na produção artística nacional. 

Centro Cultural Espaço Tápias. Sala Maria Thereza Tápias. Rua Armando Lombardi, 175, Barra. Sáb. (20) e dom. (21), 19h. R$ 20,00 a R$ 40,00. Ingressos pelo Sympla.

Sagração

O espetáculo, que celebra os 30 anos da companhia de dança Deborah Colker, é uma livre adaptação de A Sagração da Primavera, obra composta pelo russo Igor Stravinsky que ganhou de seu conterrâneo Vaslav Nijinsky e causou tumulto em sua estreia, em 1913, em Paris, devido a seu caráter inovador, tanto na música como na dança. Se a história original trazia um rito pagão que terminava com o sacrifício de uma jovem, o espetáculo de Débora Colker é uma reflexão sobre a vida no nosso planeta, com referências à cosmovisão dos povos originários brasileiros, à mitologia judaico-cristã e à biologia, com seres vivos que antecederam o homo sapiens em cena, em dramaturgia desenvolvida pela coreógrafa ao lado do rabino Nilton Bonder. Em parceria com o diretor musical Alexandre Elias, Deborah introduziu na música de Stravinsky a sonoridade de ritmos brasileiros como boi-bumbá, coco, afoxé e samba.

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Cidade das Artes. Avenida das Américas, 5300, Barra. Qui. e sex., 21h. Sáb., 19h. Dom., 18h. 19,80 a R$ 160,00. Ingressos pelo Sympla. De 19 de julho a 10 de agosto.

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