Teatros cariocas só vão voltar a receber público em outubro
Apesar de decreto da prefeitura liberar funcionamento com 50% da capacidade, espaços ainda estão se organizando em meio às exigências sanitárias
A partir desta segunda (14), cinemas e teatros estão autorizados a funcionar com 50% da capacidade do público, lugares marcados e seguindo as normas de higiene e distanciamento dispostas nas Regras de Ouro da prefeitura.
O consumo e a venda de bebidas e alimentos estão proibidos para evitar a retirada da máscara nas salas.
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Os teatros cariocas, no entanto, ainda estão se estruturando para reabrir. O único espaço que tem data certa para reabrir é o PetraGold, no Leblon, que marcará a volta do público à plateia com uma sessão do sucesso A Alma Imoral, monólogo de Clarice Niskier, no dia 3 de outubro.
No dia 4 de outubro, a atriz Claudia Mauro sobe ao palco do teatro com A Vida Passou Por Aqui. Essa peça também será transmitida on-line para espectadores que se sintam mais confortáveis em casa.
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O Teatro Casa Grande, no mesmo bairro, prevê sessões com público e streaming a partir de novembro.
“Estamos felizes com a liberação e prontos para receber produções e público, com todos os novos protocolos já em prática: protetor facial e máscara para as equipes, termômetros digitais, totens de álcool em gel, tapetes higienizantes, sanitização de ambiente… Entre 45 e 60 dias poderemos confirmar e divulgar a nossa programação, que já está com conversas avançadas para o show Queen Experience In Concert; Companhia Deborah Colker e o ballet O Quebra-Nozes”, diz Leonardo Haus, um dos sócios do espaço.
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A proibição do funcionamento de bombonières, que afetou diretamente os cinemas, também é uma pedra no sapato para o Teatro XP Investimentos, na Gávea.
“Uma redução de 50% da capacidade do público já era esperada, mas o fato de não permitir a venda de comidas e bebidas no local impacta diretamente no faturamento, reduzindo ainda mais a possibilidade de reabrir um espaço cultural em um momento de crise. Já estamos em contato com diversos produtores teatrais e musicais justamente para definirmos um retorno, mas provavelmente com apresentações no espaço físico e transmissões on-line”, informa nota dos sócios André Toros, João Guilherme Magalhães e Luiz Guilherme Niemeyer.
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Os teatros Riachuelo e Prudential, administrados pelo Instituto Evoé, também têm previsão de reabrir em outubro, mas ainda não há programação definida.
Os equipamentos culturais que pertencem ao município estão se adequando aos protocolos de segurança e às regras de ouro, levando em consideração o bem-estar do público e dos profissionais da Cultura, e não têm data para reabrir.
A Funarj, que cuida dos teatros que pertencem ao Governo do Estado, afirma que está preparando a licitação para a instalação de filtros Hepa (High Efficiency Particulate Air) em todos os equipamentos de refrigeração de seus espaços culturais e também não têm data para levantar as cortinas.
Casas de shows como a Fundição Progresso e o Teatro Rival Refit ainda apostam no formato de apresentações in loco, mas sem público.