Intrigante e cheio de ação

Com muitas idas e vindas, suspense e ficção científica, Contra o Tempo desafia o espectador

Por Alex Xavier
Atualizado em 5 dez 2016, 16h09 - Publicado em 15 jul 2011, 19h28
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Divulgação (Redação Veja rio/)
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AVALIAÇÃO ✪✪✪

Filho do músico David Bowie, o inglês Duncan Jones estreou no comando de longas-metragens com Lunar (2009). Inventiva mistura de ficção científica e suspense psicológico, mostrava um astronauta isolado em uma base na Lua. Depois de chamar a atenção dos críticos, o filme chegou ao Brasil e foi direto para DVD. Destino semelhante parecia ter seu segundo trabalho, Contra o Tempo, cujo desempenho nas bilheterias do exterior deixou a desejar. Mas, com lançamento prometido para o dia 29, a produção já atrai olhares curiosos em sessões de pré-estreia.

Com um orçamento maior, a fórmula da fita anterior recebeu a dose certa de ação. Tudo começa quando o piloto militar Colter Stevens (Jake Gyllenhaal) desperta em um trem para Chicago sem saber direito por que está lá. À sua frente, uma bela mulher (Michelle Monagham) fala como se o conhecesse. Após algum tempo de confusão ? tanto para o personagem quanto para o espectador ?, uma explosão mata todos os passageiros. O soldado percebe, então, que está em uma missão: um avançado aparato tecnológico do governo o leva a experimentar os últimos oito minutos de uma das vítimas do atentado. Atrás de pistas da tragédia, ele refaz a mesma sequência de eventos várias vezes, alterando um e outro fator. Tão importante quanto descobrir a identidade do criminoso será compreender o que se passa com a mente do próprio Stevens durante essas idas e vindas.

Se o público entendeu A Origem, de Christopher Nolan, complexo sucesso do ano passado, vai saber apreciar a simplicidade com a qual Jones expõe ideias tão malucas. Para começar, ele concentrou a trama praticamente em dois ambientes: o trem e o laboratório de pesquisas. Criou ainda um minucioso jogo de cena, muito bem editado, para apresentar de forma convincente o mesmo espaço de tempo sob diversos ângulos. No final, a sessão rende muito mais debate do que a de um filminho de ação.

Contra o Tempo, de Duncan Jones (Source Code, EUA, 2011, 93min). Cinépolis Lagoon 2.

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