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O adeus ao bruxinho

Fãs de Harry Potter se preparam para assistir ao último filme da série

Por Carla Knoplech
Atualizado em 5 dez 2016, 16h11 - Publicado em 30 jun 2011, 20h19
Fernando Frazão
Fernando Frazão (Redação Veja rio/)
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Na noite de quinta-feira 14 de julho, uma legião de admiradores do bruxo mais famoso de todos os tempos promete lotar as salas de cinema da cidade. Assim que os relógios marcarem o primeiro minuto do dia 15, será exibida a pré-estreia de Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2, o oitavo e último filme da série produzida com base na coleção de livros escrita pela inglesa J.K. Rowling. Desde 2001, os atores Daniel Radcliffe, Emma Watson e Ruppert Grint deram corpo, respectivamente, a Harry, Hermione e Ron, em aventuras que mesclam magia e fantasia a problemas vividos por todo adolescente, como o primeiro amor, as rusgas entre rivais e os tormentos da vida escolar. Boa parte do efeito hipnótico se deve justamente a essa longa convivência, que agora chega ao fim. Como é natural, a celebração vem misturada a um certo pesar. “É esquisito, porque, ao mesmo tempo em que há curiosidade, existe também um pouco de tristeza”, diz Brenda Rezende, 14 anos. No lançamento, ela estará a postos no New York City Center, ao lado do irmão, Brandom, 16 anos, outro fã do bruxinho. “Eu não perderia isso por nada.”

Desde que o primeiro livro foi lançado, em 1997, o herói com uma cicatriz em forma de raio na testa se transformou em uma máquina de arrebanhar sucessivas gerações de seguidores ? e produzir muito dinheiro. Os sete calhamaços da obra venderam mais de 450 milhões de exemplares e foram traduzidos em 67 idiomas. Já os filmes renderam 10,6 bilhões de dólares apenas em ingressos. Hoje a marca Harry Potter está estampada em mais de 400 produtos, de lápis a iPods. A estudante Letícia Garzon, 14 anos, moradora do Jardim Botânico, faz parte daquela categoria de admiradores que lê o livro, vê o filme e compra tudo o que a transporte para o universo de Hogwarts. Isso desde que tinha apenas 5 anos de idade.

Em janeiro, ela esteve no parque temático dos jovens feiticeiros inaugurado há menos de um ano no Universal Studios, em Orlando, nos Estados Unidos. Lá, deliciou-se com o castelo, os efeitos especiais que existiam em seus aposentos e as lojinhas. “Comprei varinha mágica e vários artigos com a cara de Harry”, conta. O fim da franquia cinematográfica, no entanto, não significa necessariamente que o assunto tenha se esgotado por completo. No último dia 23, a própria J.K. Rowling lançou um site de relacionamento na internet para os órfãos de suas criaturas, o Pottermore. Em um bate-papo entre fãs, surgiu um boato que deixou a turma ouriçada: a história pode continuar com os filhos de dois dos personagens centrais da trama. Em vez de adeus, será um “até breve”?

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