Daniel Senise
Resenha por Rafael Teixeira
Questões ligadas à memória são evocadas em Quase Aqui, individual do carioca Daniel Senise, um dos nomes mais destacados da chamada Geração 80. Com quatro obras exibidas, a série que dá nome à mostra é um exemplo disso: as criações são mesas de trabalho do próprio Senise, com um retângulo no centro feito com tinta a óleo branca, rodeado por marcas residuais de pinturas anteriores. Na instalação Caminhante, uma referência a Caminhante sobre o Mar de Névoa, conhecida obra do alemão Caspar David Friedrich (1774-1840), o artista retira o gesso que reveste as paredes e janelas originais do edifício, o que revela detalhes ocultos do prédio de 1918. Também inspirada por lembranças do passado, a videoinstalação Mundial traz projetada uma fotografia do quarto em que Senise passou a juventude. Completa o acervo um painel, sem título, de 3 metros por 12 metros, na entrada da instituição.