A protagonista de Thelma, interpretada pela excelente Eili Harboe (foto), saiu do interior da Noruega para fazer faculdade na capital, Oslo. Vinda de uma rigorosa família cristã, a jovem nunca tomou bebida alcoólica e tem hábitos rígidos. Algo tende a mudar quando conhece Anja (Okay Kaya), que, atraída sexualmente por ela, tentará conquistá-la. Thelma, no entanto, se retrai em sentimentos de culpa e passa a ter ataques epiléticos. Corajosa indicação da Noruega ao Oscar, o filme usa efeitos sobrenaturais como metáfora da repressão sexual. Há elementos de suspense e terror em um drama psicológico cujo desfecho não deixa dúvida sobre o poder de sua mensagem de liberdade. Direção: Joachim Trier (Noruega/Dinamarca/Suécia/França, 2017, 116min). 16 anos.