Diretor de Priscilla, a Rainha do Deserto anuncia gravação de filme no Rio

Na cidade para a exibição do longa famoso no Festival do Rio, o cineasta australiano Stephan Elliott conta que talvez nem vá embora depois do evento

Por Kamille Viola
Atualizado em 13 out 2022, 18h42 - Publicado em 13 out 2022, 17h25
Cena do filme em que um ônibus prateado está no deserto e uma drag com roupa prateada está com uma longa capa esvoaçante.
Priscilla, a Rainha do Deserto: longa marcou época - (./Divulgação)
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Diretor de Priscilla, a Rainha do Deserto (1994), o australiano Stephan Elliott contou que seu próximo filme se passará no Rio. O cineasta está na cidade para a exibição da versão masterizada de seu longa mais famoso no Festival do Rio.

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Elliott contou à Folha de S. Paulo que se cansou do peso de Priscilla e, por isso, foi se distanciando dele e de qualquer projeto gay. “Eu não queria ficar preso na imagem do cara extravagante fã de musicais, mas, 30 anos depois, agora que estou mais velho, eu mudei minha relação com o filme e decidi que é hora de revisitar esse universo”, diz o cineasta.

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Ele afirma que aqui é a cidade na qual quer fazer seu retorno à direção de um longa. “Se vai ser grandioso, na escala que eu pretendo, tem que ser aqui. Provavelmente será meu projeto de maior orçamento e, se for meu último filme, que seja. Eu só quero ter mais um momento sensacional como o que tive com Priscilla“, explica.

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Elliott revela que o roteiro está pronto e que só está esperando “o dinheiro cair na conta” para fazer o anúncio oficial do filme. Ele cogita nem deixar o Brasil depois do Festival do Rio, para já começar o trabalho de pesquisa e desenvolvimento do novo longa na cidade.

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Stephan Elliott já filmou no Rio anteriormente, quando dirigiu um dos curtas que compõem o longa Rio, Eu te Amo, de 2014, que trouxe filmes de diversos diretores com histórias passadas na cidade. O cineasta conta que, como seu companheiro, Wil Bevolley, tem raízes luso-brasileiras, ele volta e meia vem ao Brasil, a acompanha a cena queer do país.

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Para ele, é surpreende que, num país tão católico, “com um cara de direita na presidência”, a cena artística tenha alguém como Pabllo Vittar. “Eu acho que essa pressão conservadora está tendo um efeito contrário, está dando vazão a talentos diversos, seja sob Trump ou Bolsonaro. Você tenta calar e as vozes ficam mais fortes. O cenário aqui tem tudo a ver com o governo de vocês”, analisa.

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