Como foi a entrevista de Fernanda Torres no Good Morning America
Em um dos mais importantes programas da TV americana, a atriz carioca falou sobre como Ainda Estou Aqui gera empatia e de como a arte pode perdurar por anos

Carismática, bem-humorada, sagaz e eloquente. Assim é Fernanda Torres em todas as entrevistas que vem dando na longa e dura campanha pelo Oscar. Nesta quarta (12), a estrela carioca esteve no programa de TV Good Morning America, do canal ABC, um dos mais relevantes dos Estados Unidos.
“É inacreditável estar aqui”, disse Fernanda assim que os jornalistas DeMarco Morgan e Eva Pilgrim iniciaram a entrevista.
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A primeira pergunta foi sobre o fato da atriz não ter sido a primeira escolha de Walter Salles para interpretar Eunice Paiva em Ainda Estou Aqui. O filme concorre aos prêmios de melhor filme e melhor filme estrangeiro na principal premiação do cinema mundial. Fernanda, como se sabe, concorre à estatueta de melhor atriz por esse trabalho, mas inicialmente quem interpretaria a advogada que se tornou uma das mais ativas defensoras dos direitos humanos seria Mariana Lima, que acabou deixando os ensaios devido a problemas pessoais.
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“Acho que Walter não pensou em mim primeiramente porque eu sou mais velha que a Eunice na primeira parte do filme. Mas aos poucos isso foi mudando na cabeça dele, até porque a minha mãe já estava escalada para o longa”, revelou Fernanda aos apresentadores do programa americano.
Esse foi o gancho para que Eva comentasse sobre o feito de Fernanda repetir, de certa forma, o caminho trilhado pela mãe, Fernanda Montenegro, que até este ano era a única atriz brasileira indicada ao Oscar.
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“Essa é outra história inacreditável. Marcelo Rubens Paiva levou cinco décadas para a escrever o livro que conta a trajetória da mãe dele. E, no filme, eu me junto à minha mãe. Isso mostra como a arte pode durar e a justiça pode ser feita anos depois. Essa é uma simbologia importante que o filme traz”, pontuou Fernanda.
Quando o apresentador perguntou por que o público americano está ‘pirando’ com Ainda Estou Aqui, a atriz respondeu: “É sobre uma família. Qualquer pessoa que assiste ao filme consegue ter empatia por aqueles personagens. O longa ajuda a pessoas a pensarem que uma ditadura não seja uma boa ideia, porque pode, do dia para a noite, matar um pai, por exemplo.”
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Por fim, Fernanda Torres comentou sobre o já icônico encontro com Ariana Grande no festival de Santa Barbara. “Tem uma coisa muito legal de toda essa campanha. Quando tudo começou, éramos estranhos, agora nos conhecemos. Fiquei impressionada com a veia cômica da Ariana”, pontou. Careca, DeMarco disse que infelizmente não poderia fazer o gesto ‘toss’, que Ariana consagrou como a Glinda, de Wicked, e Fernanda a cumprimentou dessa forma, viralizando na internet.
Ao deixar o estúdio, Fernanda foi abordada por paparazzi e, mais uma vez, foi simpática, posando para as lentes e caiu na risada quando um deles pediu “Por favor”, em português mesmo.