Grife icônica, Frankie Amaury é relançada com coleção de mochilas
Acessórios serão vendidos na loja Pinga, em Ipanema. A conturbada história de amor dos estilistas vai virar filme e livro
Sucesso absoluto entre os anos 1990 e início da década de 2000, a grife Frankie Amaury está renascendo após 20 anos. Renata Veras, sobrinha de Amaury Veras, adquiriu os direitos da marca em 2020 e quis prestar uma homenagem à grife, reeditando uma de peças mais icônicas: a mochila com ilhós.
O acessório era disputado pelas cariocas, que chegavam a formar fila de espera para adquirir um modelo.
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Para essa coleção limitada, Renata reeditou a mochila em cores fortes como laranja, vermelho, pink, amarelo e azul. Também produziu a bolsa saco, outro modelo desenvolvido por Amaury. O lançamento acontece na próxima terça (30), na loja Pinga (Rua Redentor, 64, Ipanema), de Catharina Tamborindeguy e Gabriela Paschoal, a partir das 16h, mas os acessórios também serão disponibilizados no site.
“Para mim ele era o tio Amaury. Sempre tive boas lembranças dos nossos encontros em família. Eu quis relançar essa coleção de mochilas para relembrar o legado criativo dele. As novas gerações têm de saber que a marca agitava o Rio de Janeiro nos anos 1990, vestindo mulheres de forma sexy e exuberante”, diz Renata.
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A marca, que começou em Saint Tropez, na Riviera Francesa, chegou a ter cinco lojas e encantava a sociedade carioca com peças de couro. Atrizes como Jerry Hall e Melanie Griffith foram clicadas usando roupas e acessórios da Frankie Amaury.
Além da coleção, um livro e um filme contando a história da icônica grife devem sair do papel. Renata chamou o diretor de cinema José Henrique Fonseca, da Zola Produções, para produzir o longa que contará a história de Frankie Mackey e Amaury Veras. O projeto ainda está em fase de negociação de produção com uma plataforma de streaming.
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“Rio de Janeiro do início dos anos 90, liberdade sexual, drogas, festas. Tudo era possível no Rio. O Amaury estava saindo da casa dos pais. O Frankie, um argentino, abandona a mulher e chega na cidade. Os dois se encontram e passam a viver uma grande história de amor e como cenário, o mundo da moda. São diversos elementos que me atraíram para essa produção”, comenta o cineasta.
Já o livro vai sair pela Luste Editores.
O estilista Amaury Veras foi encontrado morto em 2004, em seu apartamento, na Avenida Francisco Bhering, no Arpoador, com uma echarpe de seda enrolada no pescoço.
Inicialmente o caso parecia suicídio, mas a perícia descobriu que, na verdade, ele tinha sido assassinado. Para a polícia, Amaury foi morto por Frankie – de acordo com um relatório do caso, ele o golpeou na cabeça e depois o enforcou. Frankie estava foragido desde 2006, quando teve a prisão preventiva decretada. Ele seria julgado no dia 5 de fevereiro de 2015 mas, na véspera, a defesa apresentou seu atestado de óbito.